24/Jul/2025
Os Estados Unidos e a União Europeia estão próximos de um acordo comercial que pode deixar as tarifas sobre importações europeias em 15%, semelhante ao acordo que o presidente norte-americano, Donald Trump, fechou com o Japão. A Comissão Europeia pode concordar com as chamadas tarifas recíprocas para evitar a ameaça do presidente dos Estados Unidos de aumentá-las para 30% a partir de 1º de agosto. Ambos os lados devem renunciar tarifas sobre alguns produtos, incluindo aeronaves, bebidas alcoólicas e dispositivos médicos.
As tarifas sobre carros, que atualmente são de 27,5%, cairiam para 15%. Porém, segundo a Comissão Europeia, a União Europeia planeja atingir os Estados Unidos rapidamente com tarifas de 30% sobre quase 100 bilhões de euros em produtos caso os dois lados não consigam chegar a um acordo e se o presidente norte-americano cumprir a ameaça de impor essa mesma alíquota à maior parte das exportações do bloco após 1º de agosto.
Como parte de uma primeira onda de contramedidas, a União Europeia combinaria em um único pacote uma lista já aprovada de tarifas sobre 21 bilhões de euros em bens dos Estados Unidos e uma lista previamente proposta sobre mais 72 bilhões de euros em produtos norte-americanos. O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que se a União Europeia aceitar os "produtos e padrões" norte-americanos, isso pode “comover” Donald Trump. As ações permitiriam um acordo comercial entre as duas partes.
Trump espera que a União Europeia abra completamente seu mercado. As grandes nações terão dificuldade em obter uma tarifa mais baixa. Para ele, o acordo norte-americano com o Japão pode ser um "modelo" para o do bloco europeu. Lutnick afirmou que os japoneses darão a oportunidade de os Estados Unidos escolherem onde investirem. O Japão financiará projetos como parte do acordo e os Estados Unidos escolherão os projetos para financiamento. O Japão será o banqueiro, não o operador. Para o secretário, a tarifa de 15% é o limite para a produção de carros no Japão. Fontes: Financial Times, Bloomberg e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.