23/Jul/2025
O dólar oscilou em margens estreitas nesta terça-feira (22/07) e encerrou praticamente estável ante o Real, numa sessão de liquidez reduzida e agenda esvaziada, em que os investidores pouco se movimentaram à espera de novidades sobre o tarifaço dos Estados Unidos. O dólar fechou com leve alta de 0,04%, a R$ 5,56. No ano, a divisa acumula baixa de 9,90%. O dólar alterou altas e baixas em diferentes momentos da sessão sem um gatilho forte o suficiente para que os agentes alterassem suas posições. Tanto no Brasil quanto no exterior, os investidores aguardavam por novidades sobre as negociações dos Estados Unidos com seus parceiros comerciais, a pouco mais de uma semana do início da cobrança de tarifas sobre produtos de vários países, em 1º de agosto.
As perspectivas de um acordo comercial provisório entre a Índia e os Estados Unidos antes de 1º de agosto diminuíram. O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que usará todo o tempo disponível para fechar um acordo com os Estados Unidos. A falta de novidades concretas nas negociações foi vista também no Brasil, em meio às dificuldades do governo Lula em negociar com os Estados Unidos. A principal barreira é a exigência do presidente norte-americano, Donald Trump, como contrapartida à tarifa de 50% aos produtos brasileiros, do fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Com o cenário nebuloso à frente, os investidores pouco se movimentaram: após registrar a cotação máxima de R$ 5,59 (+0,48%), o dólar atingiu a mínima de R$ 5,55 (-0,23%). No exterior, o dólar recuou ante uma cesta de divisas fortes e ante a maioria das demais moedas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,46%, a 97,400. O Banco Central vendeu a oferta total de US$600 milhões em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) para rolagem dos vencimentos de 4 de agosto. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.