22/Jul/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (21/07) que as exportações brasileiras para os Estados Unidos eventualmente poderiam ser redirecionadas, mas uma restauração da cadeia levaria tempo. Além disso, ele argumentou que há produtos vendidos sob demanda para o mercado norte-americano, sendo difícil encontrar um comprador alternativo. O Brasil não pode perder racionalidade na conversa com os Estados Unidos, declarou. O Executivo tem estudado diferentes cenários para fazer frente ao impacto da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos, patamar previsto para vigorar no prazo de dez dias. “Ninguém deseja que tarifas perdurem", disse Haddad, ao falar que a aposta do Brasil é na diplomacia e reforçar que o governo brasileiro segue em contato com os Estados Unidos nesta semana.
O governo tem buscado argumentar com base na lógica econômica, tendo em vista que o Brasil acumula com os Estados Unidos déficits comerciais tanto em bens quanto em serviços. Os Estados Unidos têm renda per capita muito maior, não faz sentido estar incomodado com o Brasil, declarou Haddad. Ele relatou ainda que está difícil para qualquer país “ter relação azeitada com os Estados Unidos” e refutou críticas sobre uma possível “falta de comunicação” com os Estados Unidos da parte da brasileira. A taxação norte-americana sobre todos os produtos importados do Brasil afeta diretamente a carne bovina, o suco de laranja e o café. Setores e analistas preveem perdas expressivas de receita, com o redirecionamento forçado de cargas e até a inviabilidade das vendas ao mercado norte-americano. A saída buscada pelas cadeias agrícolas é mandar parte das cargas para outros países. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.