22/Jul/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (21/07) que as medidas em estudo para ajudar setores prejudicados com a tarifa de 50% não implicam, necessariamente, em gasto primário para o governo. Poderão ser combinados diferentes instrumentos de políticas econômicas. Questionado sobre possível linha de crédito, por exemplo, o ministro apenas declarou que o plano de contingências considera instrumentos de apoio a setores injustamente afetados, como pescados, repetindo que o Brasil busca o diálogo com os Estados Unidos. As comunicações formais com Estados Unidos estão sendo feitas, por canais competentes, não por redes sociais.
O ministro destacou ainda o papel do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O País não ficará parado até agosto. O ministro destacou que o Brasil não prejudica a economia dos Estados Unidos em nada. A chamada "Lei da Reciprocidade Econômica" já foi sancionada sem vetos pelo presidente Lula. O texto estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico. Haddad reforçou que a proposta partiu do Congresso e, eventualmente, poderia ser utilizada.
Assim, o governo Lula avalia criar linhas emergenciais de crédito aos setores mais afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Ao mesmo tempo, a ideia é atuar em várias frentes, como a procura urgente por novos mercados, como México e Canadá, e negociar com importadores a divisão do custo adicional, já que o grande volume de produtos dificulta redirecionar toda a exportação ou absorvê-la internamente, exigindo medidas pontuais para cada segmento. Fontes: Broadcast Agro e O Globo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.