21/Jul/2025

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a criticar a taxação de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, e defendeu uma solução diplomática para o tema. "É algo descabido dentro da boa diplomacia mundial. É algo que não tem precedente, porque os Estados Unidos são superavitários em relação ao Brasil na balança comercial", afirmou Fávaro. O ministro lembrou, ainda, que os países têm mais de 200 anos de relações comerciais. Não se deve tratar dessa diplomacia amistosa em manifestações via redes sociais, criticou o ministro. O ministro disse esperar que a diplomacia brasileira e a diplomacia norte-americana consigam conversar e estabelecer parâmetros comerciais que atendam os dois lados, que a relação comercial se fortaleça e não fique desigual. Fávaro repetiu críticas em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que ele quer fazer uma "confusão na ordem mundial".

Na avaliação de Fávaro, caso a tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entre em vigor em 1º de agosto, a taxação vai prejudicar também a agricultura familiar. Entre os impactos, ele citou efeitos sobre exportações de pescados, sendo que mais 90% da tilápia brasileira é destinada aos Estados Unidos, de mel e de frutas, como manga e uva, das quais também o mercado norte-americano é um importante consumidor. Sobre as ações do Ministério da Agricultura, Fávaro disse que a Pasta vai atuar para redirecionar parte dessa produção que seria exportada aos Estados Unidos para outros países, abrindo e ampliando mercados diante das barreiras comerciais norte-americanas. Se precisar ampliar os negócios em detrimento dos Estados Unidos, a ideia é habilitar mais plantas frigoríficas, abrir o mercado da carne bovina para o Japão, habilitar mais plantas estabelecimentos para outros compradores de fruta e direcionar a produção brasileira, concluiu o ministro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.