17/Jul/2025

O dólar encerrou esta quarta-feira (16/07) praticamente estável ante o Real, em meio às incertezas em torno da tarifação de 50% dos produtos brasileiros pelos Estados Unidos, da disputa entre governo e Congresso pelo IOF e das ameaças de mudança no comando do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). A cautela entre os investidores fez o dólar fechar com leve alta de 0,03%, a R$ 5,56. No ano a divisa acumula baixa de 10%. O dólar chegou a se reaproximar dos R$ 5,60 em meio ao desconforto dos agentes em relação à guerra comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na terça-feira (15/07), o representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, iniciou uma investigação sobre práticas comerciais "injustas" do Brasil, uma semana depois de o presidente Donald Trump ameaçar impor uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1º de agosto. O avanço do dólar no exterior, após a divulgação de dados de preços ao produtor nos Estados Unidos em junho, era outro fator de sustentação das cotações no Brasil. Neste cenário, o dólar atingiu a cotação máxima de R$ 5,59 (+0,65%). O ambiente começou a mudar após a CBS e a Bloomberg informarem que Trump havia indicado a um grupo de republicanos da Câmara que demitiria o chair do Federal Reserve, Jerome Powell.

A ameaça fez os rendimentos de curto prazo dos títulos norte-americanos despencarem e o dólar se enfraquecer ante as demais divisas. No Brasil, o dólar marcou a cotação mínima de R$ 5,54 (-0,33%), já após Trump, com uma mensagem dúbia, ter afirmado que não planeja demitir Powell. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,28%, a 98,305. O Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional em operação de rolagem. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.