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15/Jul/2025

China: exportação pode desacelerar no 2º semestre

Segundo a Capital Economics, o crescimento dos valores das exportações da China apresentou uma recuperação no mês passado, impulsionado pela trégua comercial entre as duas maiores potências econômicas mundiais. A recuperação provavelmente reflete os esforços dos importadores norte-americanos para estocar produtos chineses devido ao medo de uma nova escalada tarifária entre os dois países. É improvável que as exportações para os Estados Unidos se mantenham assim por muito tempo. A previsão é de que as tarifas permanecerão altas e os fabricantes chineses enfrentarão crescentes restrições à sua capacidade de expandir rapidamente a participação no mercado global por meio de cortes de preços. Portanto, o crescimento das exportações deverá desacelerar nos próximos trimestres, impactando o crescimento econômico.

Para o ING, a resiliência contínua das exportações da China e as importações lentas resultaram na ampliação do superávit, a US$ 586 bilhões no primeiro semestre, um crescimento anual de 34,6%. Esse resultado deve ser o principal fator de contribuição para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre. Contudo, os dados da balança comercial chinesa no primeiro trimestre se beneficiaram da antecipação de pedidos por temores relacionadas às tarifas dos Estados Unidos. Para o 2º semestre, há cautela. Mas, até um crescimento de apenas um dígito nas exportações vão se refletir em peso menor para o PIB do que o mercado temia no início do ano. As exportações para os Estados Unidos continuaram em tombo forte, mas desaceleraram de queda anual de 34,5% para recuo de 16,8% em junho e foram contrabalançadas pelo aumento robusto nas exportações para outros países.

As exportações podem até mesmo voltar a ter certo suporte da demanda norte-americana, caso as tarifas sobre outros países sigam em nível igualmente elevado. Hoje, as tarifas adicionais de 30% dos Estados Unidos elevam a alíquota média sobre bens chineses a cerca de 51%. As importações, por outro lado, continuaram fracas, em meio a recuperação lenta do setor imobiliário. Importações de commodities, principalmente grãos e energia, caíram em junho, assim como as de carros. Neste último caso pelo aumento da competitividade de marcas domésticas na China. As de alta tecnologia tiveram alta anual de 9,8%, com destaque para equipamentos de processamento de dados, semicondutores e aviões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.