14/Jul/2025
O Ministério da Fazenda afirmou que alguns Estados, como São Paulo e Espírito Santo, tendem a ser mais afetados pela elevação das tarifas anunciada pelos Estados Unidos, de 10% para 50%. O cenário exige a mobilização dos setores produtivos e, inclusive, dos governos estaduais, no sentido de buscar uma solução, e não de celebrar um ataque direcionado ao País. São Paulo e Espírito Santo são Estados que têm uma relação maior do ponto de vista da exportação com os Estados Unidos.
Então, esses Estados tendem a sofrer mais, o que deve mobilizar os setores produtivos e os governos desses Estados a construírem uma saída e não comemorar o ataque ao País. Caso a tarifa anunciada pelos Estados Unidos seja mantida, o impacto não deverá ser tão relevante quanto seria há 20 anos, período em que o Brasil era mais dependente do mercado norte-americano. Alguns setores tendem a sofrer mais do que outros, sobretudo aqueles mais tecnológicos. O Brasil diversificou muito a sua pauta exportadora e os seus parceiros comerciais.
Mas, mais do que isso, a característica dos produtos que o País exporta para os Estados Unidos também permite uma realocação de mercados mais fácil, por serem, em sua maioria, produtos básicos. Mantidas as tarifas, alguns setores podem sofrer mais, dado que são setores de produtos tecnologicamente mais avançados, com uma demanda mais específica. Isso não quer dizer que esses setores mais tecnológicos não podem, também, redirecionar para outros mercados, mas esse processo não é tão rápido e simples quanto os produtos básicos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.