11/Jul/2025
O dólar subiu ante o Real nesta quinta-feira (10/07), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros a partir de agosto, mas a divisa encerrou longe da cotação máxima do dia e abaixo de R$ 5,55, indicando certa acomodação depois do impacto inicial. O dólar fechou com alta de 0,69%, a R$ 5,54. No ano, a divisa acumula baixa de 10,32%. O dólar disparou na abertura, ajustando-se ao novo cenário e marcou a cotação máxima de R$ 5,62 (+2,17%). Passado este primeiro impacto, o dólar perdeu força e a moeda para agosto se firmou em baixa, em movimento que ocorreu em sintonia com a acomodação das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) e do Ibovespa.
Segundo a One Investimento, o mercado obviamente precifica o risco logo de cara. Mas, houve um alívio, com o dólar voltando para a casa dos R$ 5,55. Isso porque, apesar do discurso pesado do governo Lula, pode haver espaço para uma saída negociável. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que qualquer medida unilateral de elevação de tarifas será respondida com reciprocidade, mas disse que seu governo primeiro tentará negociar com os Estados Unidos. Além das dúvidas sobre a cobrança de fato de tarifa de 50% a partir de 1º de agosto sobre os produtos brasileiros, o impacto sobre a atividade e a inflação no Brasil é pouco claro.
A principal justificativa dada por Trump para a tarifação, o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), foi política, e não econômica, o que demonstra o quanto o cenário é nebuloso. O dólar marcou a cotação mínima de R$ 5,52 (+0,38%), para depois encerrar pouco abaixo dos R$ 5,55, em uma sessão bastante volátil. No exterior, o dólar também sustentava ganhos ante boa parte das demais divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,23%, a 97,604. Em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.