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09/Jul/2025

Crédito Rural: governo está avaliando reduzir prazo

O governo quer reduzir para nove meses o prazo para pagamentos de empréstimos rurais. Já neste Plano Safra 2025/2026, o crédito de custeio, salvo as excepcionalidades, o tempo máximo passou de 12 meses para 11 meses. A tese é, aos poucos, reduzir o prazo do custeio até chegar aos 9 meses, como era no passado. O entendimento é de que, com prazos mais curtos, especialmente no custeio, seja possível utilizar o mesmo recurso para financiar duas operações em um mesmo ciclo. Quando a taxa é controlada, a tendência da operação de custeio é ser mais longa. Por isso que a ideia é, aos poucos, reduzindo o prazo, pois, quando é controlada, o Estado está subvencionado. O governo está dando uma taxa mais barata do que a própria Selic. Além disso, há a questão de custo.

A redução traz alívio para os cofres do Tesouro Nacional. Para cada mês a menos de prazo, a economia no custo para a União é de 8%. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic. Fávaro classificou a Selic de 15% ao ano como "desproporcional". O Brasil tem a inflação controlada, tem o crescimento do PIB da ordem de 3% ao ano, resultado em alta da balança comercial, pleno emprego e o menor índice de desemprego da história dos últimos 10 anos. Não faz sentido ter uma Selic de 15%, disse Fávaro. Fávaro destacou que as taxas de juros aplicadas no Plano Safra da agricultura empresarial seguem abaixo do patamar da Selic. A taxa Selic passou de 10,5% ao ano para 15% ao ano, aumento de 4,5%, enquanto o aumento dos juros do Plano Safra foi de 1,5% a 2%, um terço da alta da Selic, comparou o ministro.

Ele minimizou ainda o aumento dos juros das linhas de crédito rural destacando que os juros estão "mais caros" para todos. O Plano Safra empresarial tem juros de 8,5% a 14% ao ano. Portanto, é a prova maior de que a agropecuária tem uma atenção muito especial do governo do presidente Lula dada a relevância do setor, apontou. O ministro afirmou ainda que, "apesar da Selic desproporcional", o Plano Safra dará um grande estímulo à produção. São R$ 516,2 bilhões da agricultura empresarial e mais R$ 89 bilhões para a agricultura familiar. Portanto, passa de R$ 600 bilhões com taxas livres e equalizadas, com recursos livres, mas tem o direcionamento e a isenção de imposto para atividades mais baratas para os produtores. Fávaro ressaltou que se trata do maior valor da história. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.