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08/Jul/2025

Mercado de Carbono: oportunidade para indústrias

Segundo pesquisa Sustentabilidade e Indústria, divulgada nesta segunda-feira (07/07) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o mercado de carbono é visto como oportunidade de negócios. De acordo com o levantamento, 44% dos industriais enxergam o novo marco legal do mercado regulado de carbono como uma oportunidade de negócio e inovação. A pesquisa também revela que 66% das indústrias têm interesse em linhas de financiamento para investir em ações sustentáveis. Esse índice é maior na amostra das Regiões Norte/Centro-Oeste, com 85%, seguido pelas Regiões Nordeste (77%) e Sul (65%). O marco legal do mercado regulado de carbono foi aprovado no final de 2024 e é uma importante medida para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O próximo passo é o Plano de Implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), de responsabilidade do governo federal. O Brasil assumiu compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa de 59% a 67%, em 2035, e atingir a neutralidade climática em 2025. O interesse da indústria pela sustentabilidade e aumento da competitividade, mesmo diante de desafios como o aumento de custos, mostra a disposição do setor em avançar nessa agenda. Em um ano marcado pela realização da COP (Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas - COP30) no Brasil, esses dados reforçam nosso otimismo com a conferência e com o potencial de promover investimentos e bons negócios sustentáveis. A indústria é parte da solução. Mas, para que o segmento produtivo possa atuar de forma mais efetiva, é fundamental que novas linhas de crédito sejam disponibilizadas pelo governo ao setor produtivo.

A CNI tem trabalhado para um diálogo cada vez mais próximo com entidades como o BNDES, para que o empresário conheça todos os caminhos possíveis para tornar o negócio mais sustentável e competitivo. A pesquisa mostra ainda que, entre as motivações para o investimento em sustentabilidade, a redução de custos segue, pelo terceiro ano consecutivo, como principal fator (32%). Em segundo lugar, está a preocupação com o uso sustentável dos recursos naturais (31%). Em seguida, o levantamento aponta a necessidade de atendimento às demandas regulatórias (30%). A pesquisa foi realizada pela Nexus, entre os dias 15 de maio e 17 de junho. Foram ouvidos representantes de 1.000 empresas industriais de pequeno, médio e grande portes em todo o País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.