07/Jul/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou recuo de 1,29% em maio. A taxa de abril foi revista de uma queda de 0,36%, para um recuo de 0,12%. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Foi a quarta leitura consecutiva com deflação. Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou uma queda de 1,97% no ano e avanço de 5,78% em 12 meses. Considerando apenas a indústria extrativa, houve queda de 3,03% em maio, após a redução de 4,49% em abril. A indústria de transformação registrou uma redução de 1,21% nesta leitura, ante alta de 0,09% em abril. A queda de 1,29% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em maio foi decorrente de reduções em 17 das 24 atividades pesquisadas.
Em maio, a queda nos preços de alimentos deu a maior contribuição para a deflação do mês, sendo responsável por 0,34% do total da queda de 1,29% do índice. Foi a quarta deflação consecutiva do IPP e o maior recuo para um mês desde junho de 2023 (-2,72%). Houve impacto também dos recuos de refino de petróleo e biocombustíveis (-0,28 ponto), outros produtos químicos (-0,26 ponto) e metalurgia (-0,23 ponto). O resultado de alimentos foi puxado para baixo por conta da redução dos preços de commodities como a cana-de-açúcar e a soja, ambas em período de safra, o que aumenta a oferta desses produtos. Com redução dos custos pelo menor valor da cana-de-açúcar, os preços dos açúcares caíram, em especial o açúcar VHP, que é um produto exportável e foi impactado pela queda do dólar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.