07/Jul/2025

A ex-presidente Dilma Rousseff, que comanda atualmente o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) defendeu o fortalecimento do financiamento de iniciativas de desenvolvimento nos países através de moeda local. "Devemos fortalecer o financiamento em moeda local", disse Rousseff. "Devemos expandir nossa área e nossa rede de parcerias", acrescentou, mencionando outros bancos multilaterais, setor privado e academia. Dilma Rousseff discursou na abertura do 10º Encontro Anual do Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como o Banco dos Brics. Segundo ela, em 10 anos de existência, foi construída uma instituição confiável, mas que não visa a substituir nenhuma outra. O mundo atual, porém, é diferente de uma década atrás, com o multilateralismo sob pressão neste momento, em meio ao ressurgimento do unilateralismo. O mundo de hoje não é o mesmo de 2015. Está mais fragmentado, mais desigual e mais exposto à crise sobreposta.

Tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo usadas como ferramentas de insubordinação política. Cadeias globais estão sendo remodeladas. Segundo a presidente, o cenário exige mais, e não menos cooperação entre as instituições, acrescentando que o mundo está marcado por confrontos e desconfiança. Dilma defendeu que o NDB esteja na vanguarda de esforço de sustentabilidade e disse esperar que esta seja a década de ouro do NDB. O NDB é uma alternativa a instituições que têm atuação "de cima para baixo", além de uma afirmação de desenvolvimento sustentável, inclusivo, resiliente e soberano. O Novo Banco de Desenvolvimento foi construído sob clara premissa: países do sul global têm direito de definir seus próprios caminhos de desenvolvimento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de um novo modelo de fomento internacional que não exija condicionalidade uma vez que a austeridade "não deu certo" e levou países a ficarem mais pobres.

Segundo ele, a instituição de uma nova moeda de comércio é um processo complicado, mas importante. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o modelo do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) é financeiramente viável e tem impactos concretos e sustentáveis. Haddad lembrou a fundação do banco, há 10 anos, como a criação de uma instituição financeira alinhada às próprias ambições dos países-membros do bloco. O diagnóstico à época identificou uma carência real de recursos de longo prazo para infraestrutura e desenvolvimento sustentável, não atendida pelo sistema financeiro internacional. Hoje, a solidez desse diagnóstico encontra plena confirmação nos resultados do NDB. Para Haddad, a própria expansão do NDB evidencia a relevância da instituição. Esse processo de expansão é uma demonstração clara da relevância e da atratividade do NDB, mas também da liderança estratégica da presidente do NDB, Dilma Rousseff. Sob seu comando, o NDB conquistou uma nova dimensão geopolítica internacional, disse Haddad. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.