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04/Jul/2025

Agro enfrentará margens apertadas em 2025/2026

Segundo o Itaú BBA, o agronegócio brasileiro enfrenta ambiente de incerteza marcado por oscilações climáticas, volatilidade global e margens de lucro pressionadas. Apesar do bom desempenho de culturas como o milho e a soja, o cenário para o ciclo 2025/2026 é de cautela. Não dá para visualizar o ano como um período de melhora para todos os elos da cadeia. Há o efeito da “ressaca dos últimos dois anos” sobre a rentabilidade dos produtores. O clima foi favorável neste ciclo, o que colaborou para boas colheitas, mas os preços internacionais não reagiram à altura. Poderia haver uma recuperação nos preços, mas ela não veio. Os produtores brasileiros devem manter a atenção redobrada à rentabilidade diante do aumento dos custos. Será preciso uma nova rodada de produtividade acima da média para manter as margens.

Se ela for apenas dentro da média, a alta de custos vai comprimir os ganhos. Um ponto de destaque foi a evolução da safra norte-americana de soja, que surpreendeu positivamente com um rápido desenvolvimento dentro da janela climática ideal. Isso ajuda a manter os preços mais estáveis. No entanto, a manutenção dessa trajetória ainda depende do comportamento do clima nos próximos meses. Embora o Brasil tenha “vocação para alta produtividade”, o País pode ver um cenário menos favorável em termos de expansão de área, especialmente para a safra de verão (1ª safra 2025/2026). Se o cenário não melhorar, pode haver uma redução do uso de tecnologia e até da área plantada. Culturas como o café e a laranja ainda apresentam “muita gordura” e, mesmo com a queda nos preços, continuam com margem positiva.

A formação de custos foi feita com insumos mais baratos, o que dá fôlego para o produtor neste ciclo. A preocupação, contudo, recai sobre o próximo ciclo, que pode exigir ajustes em função de uma possível elevação nos custos. No lado das proteínas, o cenário é mais animador. A perspectiva é de preços mais baixos para o grão. Apesar da pressão sobre o consumo doméstico, especialmente no caso do frango, a competitividade brasileira no mercado internacional segue elevada. É possível que o País renove recordes de exportação. A visão de médio e longo prazo é positiva, com o potencial do País tanto como exportador de alimentos quanto de matérias-primas para biocombustíveis. O Brasil tem grande potencial. Só o programa Combustível do Futuro já garante uma demanda muito interessante para milho e oleaginosas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.