04/Jul/2025
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China avaliou que há espaço para ampliação da relação entre os países. Isso pode se dar a partir da negociação de produtos de maior valor agregado. O Brasil precisa parar de apenas exportar commodities e passar a conhecer, negociar e se posicionar melhor no mercado chinês. A relação comercial entre os dois países já rende frutos expressivos. O superávit brasileiro com a China foi de US$ 53 bilhões em 2024. Mas, ainda há muito espaço para crescimento. É lamentável que produtos brasileiros ainda sejam vendidos majoritariamente como matéria-prima, deixando de capturar o valor agregado no processo.
Os chineses tomam café dos Estados Unidos, que não plantam café. Compram móveis da Itália, que não tem madeira. E o Brasil? Exporta, mas não coloca sua marca. Há espaço para mais cafés brasileiros no varejo chinês, bem como produtos como açaí. Quando os chineses todos quiserem tomar açaí, vai ter que plantar muito mais no Brasil. Para o agronegócio brasileiro, a sugestão é ter contato direto, conhecimento de mercado e adoção de tecnologias. A China quer comprar do Brasil e tem todo o interesse em garantir a segurança alimentar do seu povo. Além do comércio, chama atenção o intercâmbio tecnológico entre os países, como os avanços no setor espacial, com satélites sino-brasileiros em operação, e a chegada de máquinas e equipamentos agrícolas acessíveis.
A China está trazendo para o Brasil tratores compactos para a agricultura familiar. Um conjunto completo com arado, semeador, pulverizador, banquinho e carreta por US$ 1.500,00. Isso muda a vida do pequeno produtor. Outro destaque é o projeto de trazer montadoras chinesas de drones agrícolas e outros equipamentos para aumentar a produtividade no campo. O Brasil tem na Embrapa uma referência global, mas pode ir além com as inovações tecnológicas da China. A parceria com a China é estratégica para o futuro do setor. O agro é o que segura o PIB do Brasil, e a China é o maior cliente. Quanto mais integradas as cadeias, mais valor será gerado. É uma estratégia de prosperidade para o Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.