04/Jul/2025
A China afirmou nesta quinta-feira (03/07) que está avaliando seu posicionamento sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e Vietnã e ressaltou que se opõe a qualquer acordo às custas dos interesses chineses. Se acontecer um acordo que viole os interesses da China, serão tomadas contramedidas para proteger os "interesses e direitos legítimos" do país. A China ressaltou que sempre se opôs a típica prática de “bullying unilateral" de imposição tarifária adotada pelos Estados Unidos contra parceiros comerciais. Anunciado na quarta-feira (02/07), o acordo entre Estados Unidos e Vietnã determina que as tarifas recíprocas contra o país serão reduzidas a 20% para exportações vietnamitas e a 40% para reexportações, de um total anterior de 46%.
De acordo com o think-tank australiano Lowy Institute, cerca de 28% das exportações do Vietnã para os Estados Unidos eram de conteúdos chineses em 2022. O acordo tarifário entre os Estados Unidos e o Vietnã enfatiza uma das principais prioridades do governo norte-americano nesta rodada frenética de negociações sobre o comércio global: fechar qualquer rota de entrada para produtos chineses nos Estados Unidos. Uma disposição chave do acordo com o Vietnã é que produtos "transbordados" para os Estados Unidos através do país asiático estariam sujeitos a uma tarifa punitiva de 40%, o dobro da taxa de 20% aplicada às importações regulares do Vietnã.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não mencionou a China explicitamente e os detalhes exatos de como tal redirecionamento será definido e policiado são incertos. No entanto, analistas dizem que a medida parece claramente destinada a dificultar o uso do país como um ponto de passagem para enviar produtos da China para os Estados Unidos, evitando as altas tarifas que as importações da China normalmente enfrentariam. Essas disposições do acordo mostram que a China continua sendo o foco central da política comercial dos Estados Unidos, mesmo após as duas maiores economias do mundo alcançarem uma trégua comercial instável e as discussões com outros parceiros continuarem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.