03/Jul/2025

A Fomento Paraná, instituição financeira do governo estadual, publicou novo edital de chamada pública para selecionar projetos de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) voltados ao agronegócio paranaense. A instituição poderá investir entre R$ 30 milhões e R$ 80 milhões em cada fundo, como única cotista sênior, com expectativa de retorno anual mínimo de 4%. A medida dá continuidade ao projeto iniciado em 2024, com foco em ampliar o acesso a crédito na cadeia agropecuária estadual. Em 2024, foi feito um primeiro movimento para chamamento de gestores, para modelos de FIDCs, que foi apresentado na Bolsa de Valores B3.

Agora, a partir do modelo estabelecido pela Fomento Paraná e Governo do Estado, foi aberta uma nova chamada pública em busca de interessados em apresentar propostas de participação em novos fundos. Os fundos deverão ter créditos originados por cooperativas agrícolas, agroindústrias e fornecedores da cadeia do agro com sede no Brasil e ao menos uma unidade no Paraná. As propostas devem ser apresentadas por proponentes que estejam em fase de constituição ou pré-operacional. Desta vez, junto com as novas propostas, os proponentes poderão apresentar também os prestadores de serviços necessários para funcionamento do fundo, que são os gestores, administradores e agentes de análise de crédito, que cada proponente achar pertinentes para o modelo e para seus negócios.

A Fomento poderá aportar até 20% do patrimônio líquido dos fundos, respeitado o teto de R$ 80 milhões por operação. A proponente deverá indicar, sob sua própria responsabilidade, os prestadores de serviços essenciais e não essenciais que atuarão no FIDC e para isso terão que assinar um termo de responsabilidade no edital, o que vai exigir uma boa avaliação prévia desses prestadores. A expectativa é garantir linhas com juros mais baixos que as praticadas no mercado tradicional. Essa proposta demonstra o interesse do Governo do Paraná em oferecer uma linha de financiamento com juros mais baixos que o mercado, com taxas equivalentes ao Plano Safra, visando estimular o investimento e o fortalecimento do setor, o que deve render muitos empregos, renda no campo e mais à frente, tributos.

O modelo segue os parâmetros do FIDC Agro Paraná, lançado em abril e estruturado pela Fomento em parceria com a cooperativa C.Vale e o Sicredi. Em junho, o fundo recebeu aporte inicial de R$ 261 milhões, dos quais R$ 52 milhões foram da Fomento Paraná, R$ 112,8 milhões da C.Vale e R$ 96,2 milhões do Sicredi. Os recursos serão destinados à construção de 96 aviários, tanques de piscicultura e matrizeiros para aves reprodutoras. A operação é gerida pela Suno Asset, e a Fomento atua como cotista sênior, garantindo estabilidade à estrutura. Cada proponente poderá participar como cotista subordinado ou mezanino em apenas um FIDC da chamada atual ou de editais anteriores da Fomento Paraná. Os fundos devem ser constituídos como condomínios fechados, com prazo máximo de dez anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.