03/Jul/2025
O governo federal projeta que o Acordo Comercial entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), formada por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, terá um efeito positivo de R$ 2,69 bilhões sobre o PIB brasileiro em 2044, tomando como base o ano de 2023. Segundo o estudo, os efeitos econômicos incluem ainda um aumento de R$ 660 milhões em investimentos, redução no nível de preços ao consumidor, crescimento nos salários reais e impacto de R$ 3,34 bilhões nas exportações totais do Brasil. Do lado das importações, a estimativa é de um impacto de R$ 2,57 bilhões. As projeções se baseiam em simulações de equilíbrio geral dinâmico recursivo (GTAP-RD) e indicam efeitos positivos sobre todos os setores econômicos, incluindo agricultura, indústria extrativa, indústria de transformação e serviços.
O acesso em livre comércio de produtos brasileiros aos mercados da Efta chegará a quase 99% do valor exportado, considerando os universos agrícola e industrial. Os acordos com Singapura, União Europeia e Efta aumentam, juntos, em 2,5 vezes a corrente de comércio brasileira coberta por acordos de livre comércio, passando de US$ 73,1 bilhões para US$ 184,5 bilhões. O acordo entre o Mercosul e os países da Efta prevê concessões relevantes no setor agrícola. A Suíça e Liechtenstein, por exemplo, abriram cotas ao mundo com tarifa intraquota preferencial para o Mercosul em produtos como carne bovina (22.500 toneladas), carne de frango, peru, suína e preparações (54.482 toneladas), além de cereais, exceto soja (70.000 toneladas) e grãos para consumo humano (70.000 toneladas). Para batata, serão 22.250 toneladas.
Também foram estabelecidas cotas e preferências bilaterais para o Mercosul, como cotas de 8.000 toneladas para milho, 3.000 toneladas para carne bovina e 200 toneladas para carne suína, entre outros produtos. Os dois países adotaram ainda livre comércio para: café torrado, álcool etílico, suco de laranja, fumo não manufaturado, melões, bananas, uvas frescas, amêndoa, manteiga de cacau. A Noruega também concedeu tarifas intraquotas preferenciais para o Mercosul, como: carne bovina (1.084 toneladas), suína (1.381 toneladas), carne de aves (221 toneladas) e trigo (10.000 toneladas). Já a Islândia ofertou livre comércio para cebola, alho, chocolates e confeitaria, sucos de fruta, milho, ração animal e farelo de soja. Foi adotada ainda preferência de 50% dentro da cota global de carne. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.