03/Jul/2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta quinta-feira (03/07), do presidente argentino, Javier Milei, a presidência temporária do Mercosul, com duração de seis meses. À frente do bloco, o chefe do Executivo brasileiro pretende consagrar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, avançar nos trâmites do acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), formada por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça - após sua assinatura e fortalecer a Tarifa Externa Comum (TEC). Prioridades do presidente Lula:
- Evitar dispersões tarifárias e consolidar a TEC, considerada pelo Brasil um instrumento fundamental para criação futura de um mercado comum e para união aduaneira.
- Avançar nos trâmites do acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta).
- Avançar nas negociações com os Emirados Árabes Unidos, que estão em ritmo acelerado, mesmo que não sejam concluídas neste ano.
- Consagrar a conclusão do acordo Mercosul-União Europeia. Há expectativa de que o acordo seja votado pelo Parlamento Europeu em outubro e, possivelmente, ratificado na cúpula do Mercosul prevista para a primeira semana de dezembro.
- Incluir o setor automotivo no escopo regional do bloco - hoje ele é regido apenas por acordos bilaterais entre países. Será convocado um grupo de trabalho para discutir acordos regionais.
- Introduzir o setor açucareiro no Mercosul, que ainda não conta com qualquer acordo, incluindo produtos de maior valor agregado, como doces e bolachas.
- Lançar o "Mercosul Verde", iniciativa que visa promover comércio sustentável, fortalecer práticas de agricultura de baixo carbono e projetar as credenciais ambientais do bloco internacionalmente.
- Enviar uma mensagem conjunta dos países do Mercosul à COP30, reforçando a urgência de respostas à crise climática.
- Aprofundar a agenda de segurança pública no Mercosul.
- Lançar o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) 2, já com a Bolívia incorporada, como ferramenta estratégica para reduzir assimetrias entre as economias do bloco.
- Discutir e acelerar o processo de incorporação plena da Bolívia. O país foi incorporado ao bloco em julho de 2024 e terá quatro anos de adaptação às regras.
Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.