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02/Jul/2025

Inadimplência de produtores rurais cresce em 2025

Segundo levantamento da Serasa Experian, a inadimplência entre produtores rurais pessoa física no Brasil atingiu 7,9% no primeiro trimestre de 2025. O índice representa alta de 0,3% em relação ao quarto trimestre de 2024 e de 0,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando era de 7%. O avanço já era esperado, mas é preciso considerar que, durante todo o ano de 2024, mesmo com políticas mais criteriosas de concessão de crédito, outras instabilidades ocorreram no setor. Contudo, o índice de inadimplência não passou da casa dos 7%. O comportamento do indicador demonstra a capacidade de adaptação do setor. De certa forma, esse fato pode ser visto com “bons olhos”, pois ele comprova a resiliência de toda a cadeia agro, que mesmo com desafios de custos e de perdas de receita segue, em sua maioria, honrando compromissos financeiros e fomentando economicamente esse setor tão relevante para o País.

A análise por porte mostra que os grandes proprietários rurais registraram o maior nível de inadimplência, com 10,7%, acima da média nacional. Em seguida, aparecem os produtores 'sem registro de cadastro rural', categoria que abrange arrendatários e integrantes de grupos econômicos ou familiares, com 9,5%. Os médios marcaram 7,8%, e os pequenos, 7,2%. O destaque para os grandes proprietários reflete uma questão de comportamento, pois mesmo com mais critério para a concessão de crédito esses são perfis que costumam assumir volumes maiores de financiamentos, aumentando a exposição a possíveis riscos e oscilações econômicas de mercado. A Região Norte apresentou o maior índice de inadimplência rural, com 11,5%, seguido pelas Regiões Nordeste (9,4%), Centro-Oeste (8,5%), Sudeste (6,7%) e Sul (5,4%). Entre os Estados, o maior percentual foi registrado no Amapá, com 21,2%. Em seguida vieram Rio Grande do Norte (12,8%), Ceará (12,4%), Amazonas (12,3%) e Roraima (12,2%).

O menor índice foi o do Rio Grande do Sul, com 4,8%. O levantamento também avaliou a distribuição da inadimplência conforme o segmento do credor. Instituições financeiras que operam com o campo concentram 7,1% da inadimplência entre produtores. Já no "Setor Agro", que inclui agroindústrias, insumos, máquinas, armazenagem e revendas, o percentual de produtores inadimplentes foi de apenas 0,3%. Em "Outros Setores Relacionados", o índice foi de 0,1%. É interessante analisar como a cadeia agro mostra um cenário positivo em relação à inadimplência nesse sentido. É preciso reforçar essa diferenciação já que, se no geral apenas 7,9% dos proprietários rurais estão inadimplentes, nesse recorte, o percentual é ainda menor. A metodologia da Serasa considera pessoas físicas com dívidas vencidas há mais de 180 dias e até cinco anos, no valor mínimo de R$ 1 mil, relacionadas a financiamentos ou atividades ligadas ao agronegócio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.