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01/Jul/2025

Leilão do Eco Invest: prazo de propostas prorrogado

O governo voltou a adiar a data limite para a entrega de propostas para o segundo leilão do Eco Invest Brasil. Marcado inicialmente para o dia 13 de junho, o prazo havia sido prorrogado para até o dia 30 de junho, mas agora os interessados terão até o dia 21 de julho para entrarem na disputa por recursos que devem ser aplicados em recuperação de pastagem. A prorrogação inicial atendia a um pedido das instituições financeiras, que pediram mais uns dias para se prepararem melhor para a disputa. A expectativa agora é a de que, com mais esse novo tempo, os bancos apresentem uma carteira de projetos mais completa para participarem dos leilões.

De acordo com portaria do Tesouro Nacional publicada nesta segunda-feira (30/06), o acesso ao financiamento parcial (blended finance) realizado por instituições financeiras abrange todo o território nacional. Num parágrafo único, foi enfatizado que em projetos no Bioma Amazônia poderão ser aplicadas salvaguardas adicionais. O governo lançou o leilão no fim de abril, o primeiro voltado para recuperação de terras degradadas. O pregão terá objetivo de alavancar recursos internacionais para recuperar 1 milhão de hectares no âmbito do Programa Caminho Verde Brasil. A recuperação das áreas destina-se aos biomas Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal.

A expectativa do Ministério da Agricultura é alavancar até R$ 10 bilhões em investimentos totais para a recuperação de terras. A captação de recursos internacionais via Eco Invest foi a saída encontrada pelo governo para a internalização dos recursos externos para recuperação e conversão de áreas, minimizando as variações cambiais. O Eco Invest Brasil é o programa de hedge cambial da Secretaria do Tesouro Nacional para atrair investimentos externos voltados à transformação ecológica. O leilão será realizado no modelo de financiamento parcial (blended finance), no qual os recursos públicos do Eco Invest atuam como capital catalisador para atrair investimentos privados.

Cada lance terá um valor mínimo exigido de R$ 100 milhões por instituição financeira. A disputa terá a parceria também do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O foco do leilão é atrair capital privado por meio de instituições financeiras locais, para financiar projetos que promovam a conversão de terras degradadas em sistemas produtivos sustentáveis. Para serem aptos a financiamentos via recursos captados pelo leilão, os projetos deverão seguir critérios ambientais específicos como a recuperação do solo, preservação ambiental, monitoramento contínuo do impacto ambiental, incluindo a medição das emissões de gases de efeito estufa, análise periódica do índice de qualidade do solo e ampliação da cobertura vegetal permanente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.