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30/Jun/2025

Plano Safra 2025/2026 poderá ficar acima do atual

Em meio aos ajustes finais do Plano Safra 2025/2026, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, reforça que os recursos tendem a superar o ofertado na safra atual, 2024/2025. No início da semana passada, Campos já havia sinalizado que o Plano Safra da agricultura empresarial seria igual ou maior que o da atual. Os números já passaram pela validação do primeiro escalão do governo e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na safra atual, a oferta foi de R$ 400,59 bilhões para a agricultura empresarial, R$ 76 bilhões foram destinados para a agricultura familiar e R$ 108 bilhões via Cédulas de Produto Rural (CPRs) direcionais, somando um montante de R$ 584,5 bilhões. Na próxima safra, será no mínimo igual, mas com forte tendência de alta. Há grande chance de a oferta total superar os R$ 600 bilhões. O Plano Safra 2025/2026 caminha para R$ 480 bilhões em recursos de crédito oficial para pequenos, médios e grandes produtores.

Considerando a projeção de estoque de R$ 170 bilhões a R$ 200 bilhões de CPRs na próxima safra, a oferta total de crédito deve superar R$ 600 bilhões. Há grande chance de o volume total superar, afirmou Guilherme Campos. Em relação ao crédito oficial, os números ainda estão sendo fechados, mas a tendência é de o volume ser "pouco maior" que os atuais R$ 476,59 bilhões para agricultura empresarial e familiar. Pode haver pequena variação ainda no refinamento final, mas será pelo menos a repetição do ano passado com a tendência de ser maior. Sobre os juros, Campos antecipou que o aumento das taxas aplicadas nos financiamentos será inevitável, mas evitou cravar qual será o percentual médio de elevação. As taxas estão sendo calculadas porque dependem da disponibilidade do Tesouro, mas tendem a ficar abaixo da Selic. A pressão vem do aumento na taxa básica de juros, a Selic, que passou de 10,5% por ano quando o Plano Safra atual foi definido para os atuais 15% ao ano. Haverá aumento de juros em todas as linhas.

O custo do Plano Safra para o Tesouro, ou seja, a verba que será destinada para a subvenção das taxas de juros, também está em cálculos finais pela equipe econômica. Em virtude das propostas que foram reajustadas e validadas pelos ministros, os valores estão sendo contabilizados. A grande dificuldade é a disponibilidade orçamentária de 2025 para subvenção do primeiro semestre do Plano Safra (julho-dezembro), principalmente para o custeio da safra, o que preocupa. Para o ano que vem, há um pouco mais de folga. O custo será maior pela escalada da Selic. Os números do Plano Safra foram apresentados na quinta-feira (26/06) pela equipe agrícola e econômica ao presidente Lula. A recepção de Lula foi "realista", classificou Campos. A política de crédito da agricultura empresarial será anunciada nesta terça-feira (1º/07) às 11h, enquanto o lançamento do Plano Safra da agricultura familiar será nesta segunda-feira (30/06) às 11h. Ambas cerimônias vão ocorrer no Palácio do Planalto com a presença do presidente Lula. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.