30/Jun/2025
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou o prognóstico climático para julho de 2025, que antecipa condições contrastantes nas principais regiões produtoras do País. Na Região Centro-Oeste, a escassez de chuvas ao longo do mês deve favorecer a colheita do milho 2ª safra de 2025 e do algodão, que se concentram nesta época. Na Região Sudeste, a expectativa também é de menor volume de precipitação, o que pode permitir avanço nas operações de colheita do café e da cana-de-açúcar. Mesmo com menos chuvas, as temperaturas tendem a ficar acima da média nessas regiões. Esse cenário pode elevar a demanda evaporativa das plantas e tornar o manejo da irrigação mais desafiador.
Técnicos do setor avaliam que a adoção de práticas como a cobertura vegetal pode ajudar a reduzir perdas de umidade do solo. Há possibilidade de quedas bruscas de temperatura e formação de geadas. Esses episódios podem provocar danos pontuais ao milho 2ª safra de 2025 ainda em estádio reprodutivo. Por outro lado, períodos de frio podem favorecer o trigo em fase inicial de desenvolvimento. Para as Regiões Centro-Oeste e Sudeste, são previstos volumes de chuva próximos à climatologia no mês de julho, com acumulados inferiores a 50 mm. Em localidades do sudoeste do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul, podem ocorrer chuvas levemente acima da média.
Na Região Norte, a previsão indica que o centro-sul do Pará terá aumento das temperaturas e menor regularidade das chuvas. Há risco para culturas permanentes e pastagens, sobretudo em áreas com baixa reposição hídrica. O desenvolvimento de cultivos irrigados com alta demanda de água também pode ser impactado. Para a Região Nordeste, o prognóstico aponta chuvas acima da média em áreas do Sealba (Sergipe, Alagoas e parte da Bahia), condição que tende a beneficiar a safra do feijão e do milho 3ª safra de 2025. No Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o Inmet alerta para risco elevado de estresse hídrico, principalmente para lavouras de milho que estejam em fase de floração, período sensível à escassez de umidade.
São previstas chuvas mais localizadas no leste do Acre, extremo noroeste do Amazonas e em áreas do norte do Pará. Em contrapartida, a previsão indica chuvas abaixo da média climatológica em praticamente todo o estado do Amapá e na divisa de Roraima com o Amazonas. Para a Região Nordeste, são previstas chuvas acima da média histórica no norte do Ceará, sudoeste da Paraíba, leste e centro de Pernambuco e nordeste de Alagoas, com acumulados que podem ultrapassar os 60 mm. No restante da região, a previsão indica volumes de chuva próximos à média. Ressalta-se que, no interior nordestino, normalmente tem-se a redução das chuvas durante esta época do ano.
Na Região Sul, a ocorrência de chuvas pode dificultar a semeadura e o estabelecimento inicial dos cultivos de inverno. Além disso, a previsão de temperaturas mais baixas eleva a probabilidade de geadas, capazes de afetar hortaliças e frutíferas em áreas suscetíveis. São previstas chuvas acima da média no centro-leste do Paraná e sul do Rio Grande do Sul, onde os acumulados podem ultrapassar os 130 mm. Em áreas do nordeste do Rio Grande do Sul e oeste do Paraná, são previstas chuvas abaixo da média. Nas demais áreas da região, são previstos acumulados próximos à média histórica. Fonte: Notícias Agrícolas. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.