30/Jun/2025
De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (27/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,2% no trimestre encerrado em maio. Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,1%. No trimestre móvel até abril, a taxa de desocupação estava em 6,6%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.457,00 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa alta de 3,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 354,6 bilhões no trimestre encerrado em maio, alta de 5,8% ante igual período do ano passado. A taxa de desocupação de 6,2% registrada no trimestre terminado em maio foi o menor resultado para esse período do ano em toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE.
A taxa de desemprego foi a mais baixa desde o trimestre até dezembro de 2024, quando também estava em 6,2%. Ou seja, o resultado desceu novamente ao segundo menor patamar da série, atrás apenas do trimestre encerrado em novembro de 2024, quando a taxa era de 6,1%. No trimestre terminado em maio de 2024, a taxa estava em 7,1%. A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 19,435 bilhões no período de um ano, para R$ 354,6 bilhões, uma alta de 5,8% no trimestre encerrado em maio ante o trimestre terminado em maio de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em fevereiro, a massa de renda real subiu 1,8%, com R$ 6,153 bilhões a mais. O Brasil registrou uma taxa de informalidade de 37,8% no mercado de trabalho no trimestre até maio. O Brasil alcançou 39,27 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais: houve crescimento de 191 mil trabalhadores nesta situação no período.
A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 4,5% no trimestre até maio de 2025, ante 4,4% no trimestre até fevereiro. Em todo o Brasil, há 4,717 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até fevereiro para o trimestre até maio, houve um aumento de 175 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 474 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. No trimestre terminado em maio, faltou trabalho para 17,386 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu de 15,7% no trimestre até fevereiro para 14,9% no trimestre até maio. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até maio de 2024, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 16,8%. A população subutilizada caiu 4,8% ante o trimestre até fevereiro, 879 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até maio de 2024, houve um recuo de 10,5%, menos 2,032 milhões de pessoas. O País registrou crescimento de 1,207 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 103,869 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,538 milhões de pessoas. A população desocupada diminuiu em 644 mil pessoas em um trimestre, totalizando 6,828 milhões de desempregados no trimestre até maio. Em um ano, 955 mil pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 110,696 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, 563 mil inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,582 milhão de pessoas.
O nível da ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, passou de 58,0% no trimestre encerrado em fevereiro para 58,5% no trimestre até maio. No trimestre terminado em maio de 2024, o nível da ocupação era de 57,6%. O trimestre encerrado em maio mostrou uma abertura de 202 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 1,436 milhão de vagas foram criadas no setor privado. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,762 milhões de trabalhadores no trimestre até maio, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,7 milhões de pessoas, 157 mil a mais do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até maio de 2024, foram criadas 26 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 329 mil pessoas em um trimestre, para um total de 26,196 milhões de trabalhadores.
O resultado representa 724 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de empregadores diminuiu em 51 mil em um trimestre, para 4,253 milhões de pessoas. Em relação a maio de 2024, o total de empregadores cresceu em 1,2%, número que representa um aumento de 52 mil empregadores. O País teve um aumento de 106 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,803 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 17 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior. O setor público teve 606 mil pessoas a mais no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro, para um total de 12,957 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até maio de 2024, foram abertas 423 mil vagas. Três das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em maio.
Na passagem do trimestre terminado em fevereiro para o trimestre encerrado em maio, houve redução na ocupação na agricultura (-53 mil trabalhadores), construção (-32 mil) e alojamento e alimentação (-40 mil). Houve geração de postos de trabalho em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (684 mil), indústria (140 mil), transporte (97 mil), outros serviços (9 mil), serviços domésticos (100 mil), comércio (59 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (230 mil). Em relação ao patamar de um ano antes, houve contratações no comércio (655 mil), indústria (501 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (625 mil trabalhadores a mais), construção (36 mil pessoas), outros serviços (151 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (475 mil), transporte (395 mil) e alojamento e alimentação (17 mil). A agricultura dispensou 307 mil pessoas e serviços domésticos, 23 mil.
Com a ocupação e a renda fortes, a massa de salários em circulação na economia renovou novo patamar recorde no trimestre encerrado em maio, totalizando R$ 354,605 bilhões. O rendimento médio de quem está trabalhando também alcançou o maior patamar da série histórica iniciada em 2012, aos R$ 3.457,00. Como o mercado de trabalho está aquecido e há um estoque de pessoas que vai se esvaindo com crescimento do mercado de trabalho, as possibilidades passam a diminuir. Então se o empresário quer contratar alguém com mais capacidade e mais produtividade, ele tem que aumentar o salário. Os trabalhadores ganham poder de barganha em relação ao salário atual. O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 19,435 bilhões no período de um ano, alta de 5,8% no trimestre encerrado em maio de 2025 ante o trimestre terminado em maio de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em fevereiro de 2025, a massa de renda real cresceu 1,8% no trimestre terminado em maio, R$ 6,153 bilhões a mais.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,4% na comparação com o trimestre até fevereiro, R$ 15,00 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em maio de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,1%, R$ 103,00 a mais. A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 2,3% no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o trimestre terminado em maio de 2024, houve elevação de 8,7% na renda média nominal. O Brasil alcançou um recorde de 68,297 milhões de trabalhadores ocupados contribuindo para instituto de previdência no trimestre encerrado em maio. A proporção de contribuintes entre os ocupados foi de 65,8% no trimestre até maio, ante 65,9% no trimestre até fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.