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30/Jun/2025

China-EUA anunciam detalhes do acordo comercial

De acordo com comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio da China na sexta-feira (27/06), os Estados Unidos e a China anunciaram detalhes do acordo comercial alcançado pelos dois países neste mês em Londres, que implementará o consenso de Genebra. A China revisará e aprovará solicitações de exportação de itens sob regras de controle de exportação, enquanto os Estados Unidos cancelarão uma série de medidas restritivas impostas à China. O comunicado veio após o presidente dos Estados Unidos, anunciar, na quinta-feira (26/06) que os dois países haviam assinado um acordo comercial, sem fornecer mais detalhes. Para a Capital Economics, o fato de que os Estados Unidos e a China foram capazes de alcançar um acordo formal com termos escritos é um desdobramento positivo e deverá reduzir riscos de desentendimentos, mas ainda parece ter um escopo muito limitado que não endereça problemas mais amplos. Além disso, deixa os laços econômicos em um formato pior do que estava no início do ano.

Os termos não foram divulgados publicamente, mas a estimativa é de que deve tratar sobre as tarifas recíprocas de 24%, previstas para começar a valer a partir de 12 de agosto, e controles de exportação em químicos, chips e outros. Relatos apontam que a China concordou somente em providenciar licenças de exportação para bens de terras raras por seis meses, o que deixa em aberto a opção de apertar novamente a cadeia de oferta. Autoridades chineses também estão ampliando esforços para preservar sua vantagem em terras raras, com iniciativas para impedir que os especialistas chineses do setor deixem o país ou compartilhem o seu conhecimento. O governo dos Estados Unidos afirmou que irá retirar restrições sobre a China apenas se o país cumprir sua parte na liberação de terras raras. A menos que os termos sejam muito específicos, isso amplia o risco de disputas. Exigências para que empresas norte-americanas divulguem dados sensíveis para obter a licença também podem ser fonte de tensão.

Outro fator negativo é o consenso persistente do Congresso dos Estados Unidos e de autoridades do governo de que a China é uma ameaça para os interesses norte-americanos. É altamente provável que isso leve os Estados Unidos a tomar mais ações contra a China em algum momento, que também seguirá olhando com desconfiança para o acordo. Um cenário otimista será se o acordo atual pavimentar o caminho para uma desescalada maior nas tensões entre ambos os países. Há oportunidade principalmente em relação ao fentanil, que motivou o aumento de tarifas sobre bens chineses em 20%. Somente na semana passada, a China adicionou dois precursores químicos em sua lista de substâncias controladas, o que pode convencer Donald Trump a retirar mais tarifas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.