23/Jun/2025

Segundo o Itaú BBA, as próximas semanas devem trazer um volume elevado de chuvas para a Região Sul do Brasil, com impacto direto sobre o plantio de trigo no Rio Grande do Sul e o desenvolvimento das culturas de inverno. Os modelos meteorológicos indicam precipitações intensas para esta semana (23 a 29 de junho). O excesso de umidade pode dificultar o avanço do plantio do trigo no Rio Grande do Sul e atrasar a finalização da colheita do feijão 2ª safra, sobretudo em áreas com histórico de erosão. Em compensação, as chuvas ajudarão a manter a umidade do solo em níveis adequados para o desenvolvimento das culturas de inverno.

No restante do País, o cenário climático tende a ser favorável ao avanço da colheita da 2ª safra de milho de 2025. A previsão é de tempo seco na região central do Brasil durante o fim de junho e o início de julho, o que deve permitir a aceleração dos trabalhos de campo em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O clima mais seco favorece os avanços das atividades de colheita do algodão e milho 2ª safra de 2025. Para o trimestre junho, julho e agosto, a projeção é de chuvas dentro da média histórica na Região Centro-Oeste, com temperaturas acima do normal em virtude da persistência de massas de ar seco e quente. O armazenamento hídrico tende a diminuir em Mato Grosso e Goiás, com os níveis ficando abaixo de 40%, enquanto no centro-sul de Mato Grosso do Sul o quadro deve ser mais favorável, com volumes suficientes para a manutenção das lavouras.

Na Região Sudeste, a previsão é de redução nos níveis de armazenamento hídrico, com possibilidade de oscilação abaixo de 30%, o que exigirá atenção redobrada para o manejo das culturas de inverno em São Paulo e Minas Gerais. Nos Estados Unidos, o cenário também aponta melhora. As áreas em condição de seca no cinturão agrícola norte-americano estão diminuindo, com expectativa de chuvas acima da média nas regiões afetadas nas próximas semanas. A perspectiva é de que o aumento das precipitações contribua para o desenvolvimento das lavouras de soja e milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.