20/Jun/2025

A Inteligência Artificial (IA) promete revolucionar a metodologia de previsão do tempo, tornando-a mais acurada e identificando cada vez melhor e mais rapidamente os eventos extremos causados pelas mudanças climáticas. Tanto é assim que as grandes empresas de tecnologia não perderam tempo: Google, Nvidia e Huawei já desenvolveram seus modelos de previsão do tempo baseados em IA. O último a chegar ao mercado é o Aurora, da Microsoft, que se diferencia dos demais, conforme um estudo publicado na semana passada na Nature.

O programa já é usado com sucesso num dos maiores centros de previsão do clima da Europa e faz previsões acuradas de até dez dias nas menores escalas já alcançadas. E o Aurora não foi criado só para a previsão do tempo, mas para qualquer outro sistema terrestre para o qual haja dados disponíveis. Isso significa que ele pode ser treinado com relativa facilidade para prever situações como o nível de poluição do ar, a altura das ondas, além de eventos extremos como ciclones tropicais. Ou seja, o usuário pode treinar a ferramenta para os mais diversos fins.

Uma startup, por exemplo, já usa IA para prever a abertura de novos mercados de energia renovável. O novo programa também é extremamente rápido, capaz de dar respostas em segundos, em oposição às horas de espera com os modelos matemáticos tradicionais. Usados há 70 anos, eles se baseiam em camadas de equações matemáticas extremamente complexas para representar o mundo físico: o sol aquecendo o planeta, os ventos, as correntes oceânicas, a formação das nuvens e assim por diante. Esses modelos demandam o uso de supercomputadores e horas para completar o processo de previsão climática.

Além disso, a despeito dos muitos acertos, ainda são imprecisos, sobretudo em nível muito localizado e a médio e longo prazo. Os modelos de previsão do tempo com IA são muito mais rápidos de serem desenvolvidos e atualizados. Os pesquisadores os alimentam com grandes volumes de dados do tempo e do clima e treinam a IA a reconhecer padrões. Com base nesses padrões, o modelo diz o que vai acontecer. Mas, alertam os especialistas, os modelos de IA também precisam trabalhar com os matemáticos tradicionais. Além disso, precisam ser interpretados por meteorologistas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.