20/Jun/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou líderes do G7 a participarem da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, em novembro. Durante a sessão ampliada do evento, estavam ainda lideranças de países como Ucrânia, África do Sul, México, Índia, Coreia do Sul e Austrália. "Belém será um teste para os líderes globais mostrarem a seriedade de seu compromisso com o futuro das pessoas e do planeta", disse Lula. De acordo com ele, a COP de Baku, realizada no ano passado, terminou com "resultados decepcionantes". Brasil e Azerbaijão trabalham em um relatório com sugestões para ampliar o financiamento climático de US$ 300 bilhões para US$ 1,3 trilhão por ano até 2035. Por meio do mapa do caminho Baku-Belém, a presidência brasileira da COP30 e o Azerbaijão estão trabalhando para reverter esse quadro.

De acordo com ele, o mundo enfrenta um "cenário desolador" de escassez de financiamento para a transição energética. Nesse sentido, Lula disse que espera que o governo espanhol obtenha um "desfecho mais animador" na Conferência de Sevilha sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que ocorre no fim do mês. O presidente brasileiro também alertou para a dificuldade de os países endividados avançarem na transição energética e sugeriu a necessidade de novos instrumentos financeiros para atrair mais recursos. "É urgente desburocratizar o acesso a fundos climáticos e investir em mecanismos inovadores. O Brasil desenvolve uma ferramenta que visa a proteger biomas por meio de incentivos positivos, sem a necessidade da adoção de medidas punitivas.

Trata-se do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado em Belém, e que vai remunerar os serviços ecossistêmicos prestados ao planeta. "O mundo precisará de novas fontes para suprir a demanda energética da revolução digital", disse Lula. Ele afirmou ainda que novas tecnologias estão concentradas "de forma sem precedentes" nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas. Por fim, fez uma defesa ao Brics, durante a Cúpula do G7. "O Brics está unido em defesa da governança multilateral da Inteligência Artificial, necessária para que seu avanço ocorra em favor de toda a humanidade e do meio ambiente", disse. Para Lula, é "impossível seguir indefinidamente com um modelo de crescimento baseado nos combustíveis fósseis". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.