20/Jun/2025
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que os efeitos dos aumentos tarifários promovidos pelo governo dos Estados Unidos já começam a ser sentidos e devem se intensificar nos próximos meses. Leva tempo para que as tarifas cheguem até o consumidor final, mas o Fed já observa pressão nos preços de bens e espera "ver mais disso no verão" do Hemisfério Norte. Powell destacou que a magnitude e a duração do impacto ainda são difíceis de estimar. O tamanho, a quantidade e a duração das tarifas são altamente incertos.
Apesar disso, o presidente do Fed disse que houve progresso no combate à inflação, atribuindo parte disso a uma desaceleração no setor de habitação. Por ora, será preciso esperar para considerar ajustes na política monetária. Jerome Powell, ressaltou que, embora os dados econômicos dos Estados Unidos recentes mostrem progresso, a política monetária ainda precisa lidar com incertezas, especialmente relacionadas às tarifas. A previsão para este ano aponta para uma inflação maior, em comparação a setembro de 2024, devido ao impacto das tarifas. A incerteza gerada pelo novo ciclo de tarifas tem deixado os dirigentes do Fed receosos em prosseguir com cortes de juros. As tarifas serão muito maiores do que os prognósticos.
Sem o fator tarifas, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) já estaria mais confiante na trajetória de queda da inflação. Para reduzir juros, é preciso esperar para ver o que acontece com as tarifas, já que o impacto inflacionário ainda está por vir. Segundo Powell, "alguém tem de pagar pelas tarifas", e isso tende a repercutir nos preços. Ele afirmou que, desde dezembro, sabe-se que as tarifas serão maiores do que o projetado inicialmente. Na quarta-feira (18/06), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) manteve a taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.