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18/Jun/2025

Monitor do PIB aponta queda em abril ante março

Segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,4% em abril ante março. Na comparação com abril de 2024, houve crescimento de 1,6% em abril de 2025. A taxa acumulada em 12 meses até abril foi de 3,1%. Na passagem de março para abril, a queda na atividade econômica refletiu perdas na agropecuária e na indústria, sob a ótica da oferta. Pelo lado da demanda, houve influência negativa do consumo, Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) e exportações A retração da economia em abril, em comparação a março, é a primeira após cinco meses consecutivos de resultados positivos. Apesar disso, cabe ressaltar que isso ocorreu após expressivo crescimento da economia em março (1,3%), o que elevou a base de comparação. De qualquer modo, esta retração pode sinalizar maior dificuldade de sustentação do crescimento econômico observado nos primeiros meses do ano.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. No trimestre encerrado em abril de 2025 ante o trimestre terminado em abril de 2024, o PIB cresceu 2,7%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 1,9%. O consumo das famílias, embora tenha crescido, segue em clara trajetória de desaceleração econômica iniciada no segundo semestre de 2024. Em 2025, esse comportamento deve-se, principalmente, à perda de força no consumo de bens. Apesar de o consumo de serviços ter desacelerado bastante desde o ano passado, sua contribuição para o consumo das famílias segue relativamente estável em 2025. A Formação Bruta de Capital Fixo teve uma elevação de 6,9% no trimestre até abril deste ano ante o mesmo período do ano anterior. O componente também está em trajetória de desaceleração, em meio à perda de força no desempenho de máquinas e equipamentos.

A exportação de bens e serviços registrou alta de 1,2% no trimestre até abril de 2025 ante o trimestre encerrado em abril de 2024. Os principais destaques para o crescimento da exportação devem-se aos produtos agropecuários, bens de capital, serviços e bens intermediários. Nos três primeiros casos, nota-se aumento da contribuição positiva, em comparação à gerada no primeiro trimestre. Para os bens intermediários, contudo, embora seja o principal segmento a contribuir com o aumento das exportações, observa-se redução de sua contribuição. As importações subiram 12,9% no trimestre até abril ante o mesmo trimestre do ano anterior, com destaque para bens de capital, intermediários e serviços. As importações de bens de consumo e de produtos agropecuários, embora tenham sido positivas, pouco contribuíram para o expressivo crescimento do componente. A importação de produtos da extrativa foi a única retração do componente. Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 4,057 trilhões no acumulado de janeiro a abril, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 18,3% em abril. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.