02/Jun/2025
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 2,7 pontos na passagem de abril para junho, para 112,8 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,7 ponto, para 113,1 pontos. O resultado reflete uma calibragem da incerteza global, em função do arrefecimento, ainda que momentâneo, da guerra comercial entre Estados Unidos e China, além de uma perda de credibilidade nos anúncios de tarifas extremas por parte do presidente norte-americano Donald Trump. Paralelamente ao cenário externo, a economia brasileira segue demonstrando resiliência em 2025.
O componente de Expectativas recua para a faixa dos 80 pontos, menor nível desde janeiro de 2015, indicando um certo consenso de mercado nas projeções para as variáveis macroeconômicas, especialmente em relação à taxa de juros, que deve permanecer em patamares compatíveis com uma política monetária bastante restritiva. O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia recuou 2,1 pontos, para 117,8 pontos, contribuindo negativamente com 1,8 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas, após leve aumento no mês passado, caiu 3,5 pontos, para o menor nível desde janeiro de 2015 (84,4 pontos), e contribuiu de forma negativa com 0,9 ponto para o resultado do indicador em maio. A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.