02/Jun/2025

A Fitch Ratings avalia que o espectro de riscos geopolíticos globais está se ampliando, com potencial para afetar significativamente a qualidade de crédito de emissores soberanos, corporativos e financeiros. Em relatório divulgado na sexta-feira (30/05), a agência de classificação de risco de crédito afirma que "mudanças rápidas nas posições de política externa e uma abordagem mais bilateral e transacional dos Estados Unidos podem contribuir para a volatilidade geopolítica global nos próximos anos. A análise ressalta que fatores como a intensificação da rivalidade entre Estados Unidos e China, a invasão da Ucrânia pela Rússia e o afastamento dos Estados Unidos de políticas tradicionais sobre comércio, ajuda externa e cooperação multilateral tornam a geopolítica um risco cada vez mais relevante para o crédito global.

O aumento das tensões afeta emissores por diversos canais. Tem, por exemplo, exercido pressão de alta sobre os gastos com defesa, tornando a consolidação fiscal mais desafiadora para certos soberanos, ao mesmo tempo em que beneficia empresas aeroespaciais e de defesa. Emissores com maiores amortecedores ou margem nos ratings tendem a resistir melhor a um aumento moderado dos riscos. No entanto, efeitos negativos mais profundos e generalizados sobre os ratings são mais prováveis no caso de eventos extremos. Parte dos riscos geopolíticos é capturada por seu modelo proprietário de rating soberano, por meio de variáveis macroeconômicas, fiscais e de governança. Quando isso não é possível, são aplicadas avaliações qualitativas adicionais. Os riscos podem ser refletidos em novas ações de rating à medida que se materializarem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.