30/May/2025

O Ministério da Fazenda afirmou que a meta do governo é pelo menos repetir no Plano Safra 2025/2026 os números do plano safra atual. O mínimo é repetir o que teve nesse ano com um percentual de crescimento. A tentativa é sempre crescer em recursos, o que é um desafio. No Plano Safra atual, que vai até 30 de junho, o total disponível para a safra foi de R$ 476,59 bilhões para financiamentos de pequenos, médios e grandes produtores. Contabilizando os R$ 108 bilhões de recursos captados por Cédula de Produto Rural (CPRs) que são originadas a partir do direcionamento obrigatório de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), o volume chega a R$ 584,5 bilhões. O Plano Safra contabilizará os recursos oficiais e das CPRs direcionais, pois possuem isenção tributária na ponta na captação de LCAs.

O governo busca ter o maior Plano Safra possível. Este será um dos anos mais difíceis de construção do Plano Safra por falta de recursos para emprestar, com parte já comprometida em renegociações, e falta de recursos para equalizar juros. O desafio é equalizar o maior volume possível. A ideia do governo é lançar o próximo Plano Safra, que tem início em 1º de julho, na segunda quinzena de junho. As duas etapas iniciais de definição de fontes e de condições de equalização foram encaminhadas. Nos próximos 15 dias, será definido junto ao Ministério da Agricultura e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário as prioridades do Plano e, na segunda quinzena de junho, definir as linhas de crédito e taxas de juros.

Em virtude do aumento da taxa básica de juros, a Selic, que passou de 10,5% há um ano para os atuais 14,75%, o custo de equalização dos recursos mais que dobrou. O Ministério da fazenda está aguardando o encaminhamento pelo Banco Central das estimativas de recursos para cada fonte. Quanto vai ser equalizado para cada linha ou programa vai depender muito das taxas de juros e do volume que será alocado. Sobre as taxas de juros aplicadas no Plano Safra, será "muito difícil" não elevar as taxas de juros dos financiamentos. O quanto serão as taxas de juros vai depender da demanda de recursos para cada linha. Em virtude desse possível aumento dos juros, o objetivo é ter o Plano Safra o mais viável possível. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.