30/May/2025
O setor supermercadista, historicamente reconhecido como uma das principais portas de entrada para o primeiro emprego no Brasil, continua enfrentando um cenário paradoxal: mesmo com 350 mil vagas abertas, há dificuldades para preenchê-las. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alerta para a escassez de mão de obra qualificada no setor. Somado a isso, há uma mudança profunda na dinâmica do mercado de trabalho. Os jovens que tinham o supermercado como o primeiro emprego preferem hoje trabalhos informais devido à maior flexibilidade.
A taxa de desemprego segue em patamar historicamente baixo, marcando 6,6% no trimestre encerrado em abril, o menor índice para o período desde 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No passado, o trabalhador procurava emprego. Hoje, são as empresas que procuram o trabalhador. O setor está buscando estratégias alternativas para recrutar e qualificar novos profissionais. Uma das iniciativas envolve uma parceria com o Exército Brasileiro para contratar jovens que concluíram o serviço militar obrigatório.
É um processo de médio prazo, que envolve a troca de informações, o mapeamento de perfis e a oferta de vagas com possibilidade de desenvolvimento profissional. O setor supermercadista também aposta na diversificação do perfil de trabalhadores, com foco em pessoas acima dos 60 anos com maior disponibilidade de tempo e jovens que buscam modelos de jornada mais flexíveis. Essa demanda foi levada ao ministro do Trabalho e com a proposta de criação de um comitê para discutir formatos de contratação com horários adaptáveis às diferentes realidades dos trabalhadores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.