29/May/2025
O Ministério da Agricultura defendeu a necessidade de aperfeiçoamento do Plano Safra, principal instrumento de financiamento ao setor agropecuário. A ideia é construir um Plano Safra cada vez melhor. O governo federal vai apresentar um Plano Safra que seja o mais adequado, o melhor para esse momento, e que garanta um agro cada vez mais forte. O Plano safra deixou de ser apenas um instrumento de crédito rural para se tornar o “grande norteador do financiamento da atividade”.
O setor já superou o ritmo de crescimento da economia brasileira e exige agora uma resposta institucional à altura. Foram mencionados os gargalos de infraestrutura e inovação. Logística, armazenamento, irrigação são necessidades. O produtor rural transformou o Brasil de um País importador para o maior exportador de alimentos do mundo. O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) fez críticas ao atual modelo de financiamento do agronegócio brasileiro.
Ele defendeu uma reformulação nas estruturas de crédito e cobrou mais modernização no acesso a recursos. Segundo ele, os produtores rurais continuam reféns de um sistema burocrático, ineficiente e caro. É ‘um mundo de papel na mão, carimbo em cartório’. O dinheiro chega com custo de 26%, 27% ao ano com a Selic em 14,75%. Ele defendeu o fortalecimento de mecanismos privados de financiamento, como os Fiagros, e o uso de fundos previdenciários para irrigar o setor agropecuário, sugerindo um modelo mais eficiente de crédito.
Com um fundo garantidor e um pouco de fundo público ou social, será possível garantir risco zero ao investidor. O custo desse risco não chega a 4% do volume total. Ele também criticou a imprevisibilidade do Plano Safra, que, em sua visão, revela a falta de planejamento de longo prazo. O deputado chamou atenção, ainda, para gargalos estruturais, como a baixa capacidade de armazenagem de grãos. O País deveria mirar em uma capacidade de 200% da produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.