28/May/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,36% em maio, após ter avançado 0,43% em abril. Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 2,80% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,40%. A alta de 0,36% registrada em maio pelo IPCA-15 foi a mais branda desde janeiro de 2025, quando o indicador subiu 0,11%. Considerando apenas os meses de maio, o resultado foi o mais baixo para o mês desde 2020, quando caiu 0,59%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses arrefecer após três meses seguidos de aceleração. Em maio de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,44%.
Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,39% em maio, após alta de 1,14% em abril. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,09% para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 0,30% em maio, após ter avançado 1,29% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,63%, ante alta de 0,77% em abril. O gasto das famílias brasileiras com alimentação e bebidas subiu em maio pelo nono mês consecutivo, mas as quedas nos preços de itens importantes na cesta de consumo, como o tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%), ajudaram a deter a inflação no mês. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma elevação de 1,14% em abril para uma alta de 0,39% em maio. Apesar dos recuos no tomate, arroz e frutas, houve aumentos na batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%). A refeição fora de casa subiu 0,49%, e o lanche avançou 0,84%.
O recuo de 11,18% no custo das passagens aéreas em maio deu a principal contribuição para deter a prévia da inflação do País no mês. O subitem impactou em -0,07% na taxa de 0,36% registrada em maio. Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma queda de 0,44% em abril para um recuo de 0,29% em maio, uma contribuição de -0,06% para a taxa de inflação neste mês. Em maio, os combustíveis subiram 0,11%. Houve altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%), mas quedas no óleo diesel (-1,53%) e gás veicular (-0,96%). O ônibus urbano recuou 1,24%. O metrô aumentou 0,51%. O táxi avançou 0,49%.
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,09% em abril para um aumento de 0,67% em maio, uma contribuição de 0,10% para o IPCA-15 deste mês. A energia elétrica residencial subiu 1,68% em maio, item de maior impacto individual sobre o IPCA-15 do mês, uma contribuição de 0,06%. O resultado é consequência da entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. A taxa de água e esgoto subiu 0,51% em maio. O gás encanado aumentou 0,12%.
Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,96% em abril para um aumento de 0,91% em maio, uma contribuição de 0,12% para o IPCA-15 deste mês. Houve pressão dos aumentos nos produtos farmacêuticos, avanço de 1,93%, em decorrência da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. A alta no grupo foi influenciada também pelo aumento de 0,57% no plano de saúde. O subitem foi responsável pela quarta maior contribuição individual para a inflação do mês, 0,02%, atrás apenas das pressões da energia elétrica, batata-inglesa e café moído.
Dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços em maio. As duas deflações ocorreram em Transportes, queda de 0,29%, uma contribuição de -0,06% e Artigos de residência, recuo de 0,07%. Os aumentos foram registrados em Alimentação e bebidas (0,39%, impacto de 0,09%), Educação (0,09%, impacto de 0,01%), Saúde e cuidados pessoais (0,91%, impacto de 0,12%), Vestuário (0,92%, impacto de 0,04%), Despesas Pessoais (0,50%, impacto de 0,05%), Habitação (0,67%, impacto de 0,10%) e Comunicação (0,27%, impacto de 0,01%). O resultado geral do IPCA-15 em maio foi decorrente de altas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas.
O aumento de 1,68% na energia elétrica residencial resultou na maior pressão sobre o IPCA-15 de maio. O subitem respondeu por uma contribuição de 0,06% para a taxa de 0,36%. Também figuraram no ranking de maiores contribuições sobre o IPCA-15 de maio os subitens batata-inglesa (alta de 21,75% e impacto de 0,04%), café moído (4,82% e 0,03%), plano de saúde (0,57% e 0,02%) e refeição fora de casa (0,49% e 0,02%). Na direção oposta, a passagem aérea foi o subitem de maior alívio sobre a inflação de maio, com queda de 11,18% e contribuição de -0,07%. As demais principais influências negativas partiram de arroz (queda de 4,31% e impacto de -0,03%) e tomate (-7,28% e -0,02%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.