ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

27/May/2025

Indicador de Inadimplência do Agronegócio Serasa

Segundo dados inéditos da Serasa Experian, a inadimplência da população rural brasileira se manteve estável em 7,6% no quarto trimestre de 2024, mesmo nível do trimestre anterior, mas ainda o maior da série histórica. Na comparação anual com o quarto trimestre de 2023, houve alta de 0,8%. O cenário de estabilidade da inadimplência no agro brasileiro no último trimestre de 2024 reflete, principalmente, o aperto da política de crédito dos credores e a resiliência de grande parte do setor que mesmo com desafios de custos e de perdas, segue honrando seus compromissos.

O Indicador de Inadimplência do Agronegócio da Serasa Experian considera apenas pessoas físicas com dívidas vencidas com mais de 180 dias e até 5 anos, somando pelo menos R$ 1.000,00 dentre aquelas relacionadas ao financiamento e atividades do agronegócio. As categorias incluem instituições financeiras, setores agro e outros setores como seguradoras não-vida, transporte de carga e armazenamento. No recorte por porte dos inadimplentes no último trimestre de 2024, os pequenos proprietários foram os menos afetados, com inadimplência de 6,9%.

Em seguida apareceram os proprietários médios, com 7,2%, e aqueles que não têm registro de informação rural como arrendatários ou grupos econômicos, que marcaram 9%. Os proprietários rurais de grande porte registraram o maior indicador, de 10,2%. A análise por regiões agrícolas mostrou que o Sul registrou o menor índice de inadimplência do País, de 5,1%. O Norte Agro, que engloba a Região Norte do Brasil exceto Rondônia e Tocantins e inclui ainda o noroeste do Maranhão, teve o maior percentual, de 11,3%. O Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) apareceu com 9,3%, Nordeste Agro com 9%, Centro-Oeste com 8,1% e Sudeste com 6,3%.

Com base nos segmentos em que a população rural contraiu dívidas negativadas, as instituições financeiras que financiam atividades no campo têm a maior participação, de 6,7%. A fatia de proprietários rurais inadimplentes no setor agro foi de apenas 0,3%, enquanto em outros setores relacionados foi de 0,1%. A cadeia agro mostra um cenário muito mais otimista em relação à inadimplência. É importante diferenciar pois, se no geral apenas 7,6% dos proprietários rurais pessoa física estão inadimplentes, nesse recorte, a percentagem é ainda menor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.