27/May/2025

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) manifestou preocupação com o decreto presidencial que eleva as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito envolvendo pessoas jurídicas. A entidade reconhece a importância do equilíbrio fiscal, mas alerta para os impactos negativos da medida sobre o acesso ao crédito e o desenvolvimento econômico em diversas regiões do País. Os efeitos colaterais da elevação tendem a onerar os custos de crédito para negócios que exercem papel estratégico em suas comunidades, como é o caso das cooperativas. As cooperativas operam com foco no interesse coletivo e reinvestem seus resultados nas comunidades em que atuam.

O novo decreto ignora a lógica do cooperativismo ao aplicar as alíquotas mais altas a cooperativas com movimentação financeira acima de R$ 100 milhões. Tratar essas cooperativas como grandes tomadoras ou credoras de crédito desconsidera o fato de que sua movimentação financeira é, na verdade, o somatório das atividades de seus cooperados, em sua grande maioria, pequenos produtores rurais, transportadores, profissionais autônomos e trabalhadores. Qualquer medida que onere essas estruturas atinge, na prática, milhares de brasileiros que se organizam de forma coletiva para gerar renda e desenvolvimento. Presente em todos os Estados e em milhares de municípios, o cooperativismo é essencial para a inclusão produtiva e a redução das desigualdades. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.