22/May/2025

Na visita da comitiva brasileira à China, no início deste mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o fechamento de 36 acordos do Brasil com o País. Mas, a expectativa é a de que uma nova rodada de injeção de recursos ainda seja anunciada no Brasil, em julho, quando o presidente Xi Jinping se deslocará para a participação da cúpula dos Brics, nos dias 6 e 7, no Rio de Janeiro. A agenda oficial ainda não foi divulgada, mas já há previsão de uma reunião bilateral entre as partes. A aproximação do presidente Lula com a China não é nova, mas vem ganhando novos contornos após a vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos. Se a política comercial norte-americana continuar agressiva sobre o mundo, é possível que as relações com a China se estreitem ainda mais. O corpo diplomático, no entanto, tem evitado palavras como "realinhamento" ou "redirecionamento" comercial pela parte brasileira.

O lema é dizer que o Brasil está aberto para todos os tipos de ingressos de investimentos, venham eles de onde vierem. Os Estados Unidos já foram o principal parceiro comercial do Brasil. Na década passada, no entanto, a China tomou a liderança e, no ano passado, a corrente de comércio com o gigante asiático foi mais do que o dobro do que com o parceiro norte-americano. O Brasil está aberto, sim, mas a intenção de injeção de recursos chineses não é necessariamente automática. Há regras específica de licitações para alguns investimentos, que precisam ser seguidas pelos interessados. A cúpula dos Brics no Brasil, no meio do ano, contará com a primeira reunião ampliada do grupo. Fazem parte do bloco atualmente 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.