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19/May/2025

Dólar em leve baixa com ajuste e agenda esvaziada

O dólar passou na sexta-feira (16/05) por uma sessão de acomodação após o avanço firme da véspera, oscilando em margens estreitas até encerrar em leve baixa ante o Real, em um dia de agenda relativamente esvaziada e sem gatilhos fortes para as cotações. O dólar fechou em leve baixa de 0,20%, a R$ 5,66. Na semana passada, a divisa acumulou alta de 0,25%. Na quinta-feira (15/05), o dólar havia subido 0,84%, com investidores se apegando a especulações de que o governo estaria preparando um pacote de gastos para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, ano de eleição, com medidas que poderiam incluir um possível reajuste do Bolsa Família. A percepção era de que as medidas prejudicariam o ajuste fiscal brasileiro.

Ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha desmentido haver estudos no governo para o reajuste do Bolsa Família, o que já tinha sido negado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e insistido que sua Pasta trabalha apenas em medidas fiscais pontuais para o cumprimento da meta fiscal, o dólar se manteve em alta. Na sexta-feira (16/05), a divisa chegou a acelerar os ganhos, superando os R$ 5,70, mas o impulso não se sustentou e o dólar retornou para perto da estabilidade. Para o Banco Moneycorp, a elevação do dólar na quinta-feira (15/05) foi “tesouraria de banco trabalhando para ganhar dinheiro, porque os fundamentos não justificariam uma alta assim”. Então, o dólar subiu, e na sexta-feira (16/05) manteve o nível, mesmo porque o fluxo diminui um pouco às sextas-feiras.

A agenda estava esvaziada no Brasil e no exterior. Após marcar a cotação máxima de R$ 5,71 (+0,61%), o dólar atingiu a mínima de R$ 5,66 (-0,33%), para depois encerrar próximo disso. No exterior, a divisa norte-americana subia ante moedas fortes como o iene, o euro e a libra, mas tinha no fim da tarde sinais mistos ante as moedas de países emergentes: cedia ante o Real e o peso mexicano, por exemplo, mas avançava ante o peso chileno e a lira turca. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,31%, a 101,080. O Banco Central vendeu toda a oferta de 30.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.