19/May/2025
Apesar de a demanda por crédito de carbono ter crescido pouco neste primeiro trimestre, a procura por créditos emitidos mais recentemente foi maior. Segundo a Systemica, empresa desenvolvedora de projetos de carbono, a percepção no mercado é de que projetos desenvolvidos nos últimos anos são mais confiáveis, ainda que haja projetos mais antigos que compensam emissões da forma prometida. Hoje, os créditos considerados de alta integridade estão sendo negociados com prêmios médios de até 52%. Esses créditos, porém, representam menos de 15% da oferta. Os projetos considerados “premium” têm tido demanda antes mesmo do lançamento. São, sobretudo, projetos de reflorestamento, cujo preço do crédito chega US$ 50,00. Nesse modelo de projeto, áreas de floresta degradadas recebem mudas de plantas nativas e são completamente restauradas.
Nesse caso, um crédito de carbono gerado corresponde a uma tonelada de gás carbônico retirada da atmosfera pelas árvores plantadas. Entre os projetos de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) considerados mais íntegros, o preço do crédito pode chegar a US$ 15,00. Nesse segmento de REDD (que sofre mais com a crise de credibilidade), os proprietários de terra recebem um estímulo para manter a vegetação nativa em pé. Por esse modelo, é calculado o percentual médio de desmatamento na região da propriedade que comercializa os créditos. Se o dono da terra conseguir manter mais mata do que se calculava que seria destruída, a diferença é convertida em créditos de carbono. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.