15/May/2025

O Citi avalia que a América Latina parece estar relativamente bem-posicionada geopoliticamente em meio à mudança de comércio global em curso, considerando a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A maior parte dos países da região, com exceção do México, não apresenta um grande desequilíbrio na balança comercial com os Estados Unidos. Na verdade, a América Latina não deveria nem ter tarifas, deveriam ser zero ou até negativas em alguns casos. Como o piso das tarifas é de 10%, então os países da América Latina em geral ficam com esses 10% de tarifa mínima. Além disso, a América Latina é responsável por produzir bens com baixo valor agregado que os Estados Unidos não conseguem produzir, como minerais, frutas, vegetais e tequila, por exemplo.

As tarifas dos Estados Unidos já causaram um enfraquecimento do dólar globalmente, o que, por sua vez, é uma boa notícia para a América Latina, que tende a receber fluxo neste cenário. De fato, a maior parte dos países da América Latina não tem um grande desequilíbrio na balança comercial com os Estados Unidos, mas o México aparece como uma exceção e é o "maior problema" em termos de comércio com a maior economia do mundo na região. O México tem um déficit comercial com os Estados Unidos elevado e que está aumentando, aproximando-se dos US$ 170 bilhões. Em termos bilaterais, o maior déficit dos Estados Unidos é com a China. O segundo, é o México. Então há um receio. O USMCA está correndo em um nível diferente, e será renegociado provavelmente na segunda metade deste ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.