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14/May/2025

Dólar recua ao menor nível desde outubro de 2024

O dólar fechou esta terça-feira (13/05) em queda firme no Brasil, se reaproximando dos R$ 5,60, com as cotações acompanhando o recuo quase generalizado da moeda norte-americana no exterior após a divulgação de dados de inflação favoráveis nos Estados Unidos. Os ganhos do petróleo e do minério de ferro nos mercados internacionais, pelo segundo dia consecutivo, também deram suporte ao Real. O dólar fechou em baixa de 1,33%, a R$ 5,60, abaixo dos R$ 5,62 de 3 de abril, dia seguinte ao tarifaço de Donald Trump, e no menor nível de fechamento desde 14 de outubro de 2024 (R$ 5,58). No mês, a divisa acumula recuo de 1,21%. Após o avanço da véspera, na esteira do acordo tarifário entre Estados Unidos e China, o dólar abriu a sessão desta terça-feira (13/05) já em baixa ante o Real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana também no exterior. Ao longo da sessão, as cotações foram gradativamente caindo no Brasil, em movimento reforçado pela divulgação de dados da inflação norte-americana. O Departamento do Trabalho informou que o índice de preços ao consumidor (CPI) aumentou 0,2% no mês passado, após uma queda de 0,1% em março. Economistas previam que o índice subiria 0,3%.

Nos 12 meses até abril, os preços ao consumidor avançaram 2,3%, depois de alta de 2,4% nos 12 meses até março. A percepção no mercado de que os dados não foram tão ruins, aliada à perspectiva de que o acordo tarifário EUA-China possa evitar uma disparada de preços, abriu espaço para o recuo firme do dólar ante as demais divisas. Segundo o Ouribank, observou-se um comportamento de mais apetite ao risco nos mercados, relacionado muito à divulgação do CPI nos Estados Unidos, que veio abaixo das projeções, fazendo com que uma parcela do mercado acredite que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa voltar a pensar em queda de juros. No Brasil, o Real também era beneficiado pelo segundo dia de avanços do petróleo e do minério de ferro, dois importantes produtos da pauta exportadora brasileira. Neste cenário, o dólar chegou a oscilar brevemente abaixo dos R$ 5,60, atingindo a cotação mínima da sessão de R$ 5,59 (-1,54%), para depois recuperar um pouco de força.

Segundo a One Investimentos, tecnicamente, o dólar está batendo em um suporte difícil de romper, nos R$ 5,60. Ainda que a curva de volatilidade mostre que há espaço para a cotação oscilar R$ 0,20 para baixo ou para cima, de fato há uma barreira psicológica nos R$ 5,60. No Brasil, investidores estiveram atentos ainda à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No documento, o Banco Central, segundo leitura de economistas do mercado, reafirmou sinalização de que em junho pode promover alta adicional de 25 pontos-base da Selic, ou manter a taxa estável em 14,75% ao ano. A ata ancorou as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de prazos mais curtos, mas teve pouco efeito nas cotações do dólar, que se mantiveram sintonizadas ao exterior. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,80%, a 100,920. O Banco Central vendeu toda a oferta de 25.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.