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14/May/2025

Brasil é parceiro estratégico da China em alimentos

Segundo o Insper Agro Global, a segurança alimentar continuará sendo prioridade máxima para a China nos próximos anos, e o país asiático jamais confiará integralmente esse objetivo estratégico a fornecedores externos. O Brasil continuará exercendo papel relevante como fornecedor, mas precisa estar preparado para oscilações geopolíticas e rupturas nos acordos internacionais. A China sempre buscar ser autossuficiente. A mentalidade estratégica chinesa é guiada por planejamento de longo prazo e por decisões seletivas sobre quais produtos agrícolas devem ser produzidos internamente e quais serão adquiridos no exterior. A China não vai conseguir fazer soja, milho, arroz e trigo ao mesmo tempo. Assim, abriu mão da soja e está comprando cada vez mais milho, carne bovina e carne suína.

Os planos quinquenais da China sempre trataram da segurança alimentar como tema central. Desde 1952, todos os planos têm menção explícita à segurança alimentar. A China quer ser autossuficiente, mas não tem os recursos naturais que o Brasil tem. O Brasil temos uma importância estratégica para a China neste momento, e a China para o Brasil. Isso significa fazer acordos, mas também estar pronto para os problemas que eles podem trazer. A competitividade brasileira no setor de carnes deve crescer em 2025, mesmo com o custo mais alto do milho e desafios na reposição de bezerros. Os Estados Unidos passam por uma crise interna. O frango foi afetado pela gripe aviária e o boi gordo está com preços altos, então os Estados Unidos não vão conseguir ganhar espaço agora. Isso beneficia o Brasil.

A intensificação produtiva brasileira tende a manter o País na liderança. O boi de quatro anos vai sumir, pois o País está abatendo com menos de 30 meses, com mais confinamento e uso de DDG de milho. A pecuária brasileira passará por consolidação, mas sem ritmo acelerado. É um setor muito heterogêneo. A eliminação progressiva da recria e o abate mais precoce devem ser as principais tendências. A China só compra esses bovinos jovens. Isso vai forçar ainda mais a intensificação e o ganho de produtividade. O Brasil precisa manter equilíbrio diplomático. O País é visto como fornecedor de segurança. Segurança alimentar é zerar incerteza. E o mundo vai precisar disso cada vez mais. Não só a China. O mundo inteiro está ficando mais instável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.