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14/May/2025

RS: desmatamento agravou as enchentes de 2024

De acordo com análise feita pelo IRB Re, a devastação das florestas nativas e problemas de infraestrutura contribuíram para intensificar os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul entre abril e maio do ano passado. Estes fatores, junto com um volume recorde de chuvas, levaram a perdas de cerca de R$ 6 bilhões para as seguradoras, um volume alto, mas pequeno diante do prejuízo econômico total. A análise mostra que o desmatamento em biomas nativos do Estado avançou ao longo da década passada, e que entre 2018 e 2022, atingiu regiões que antes não haviam sido afetadas.

A perda de vegetação nativa deixou várias áreas do Rio Grande do Sul mais vulneráveis a enchentes e deslizamentos, e mudou os padrões climáticos do Estado, tornando os eventos extremos mais frequentes e intensos. Outro ponto importante foram falhas em comportas de contenção do Rio Guaíba e o bloqueio de canais de escoamento, que se estivessem em pleno funcionamento, poderiam ter amenizado os efeitos das chuvas. Estes fatores mais o desmatamento desequilibram a distribuição das cheias no relevo do Estado, que mistura planícies alagáveis e áreas montanhosas.

Associações como a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) estimam que a reconstrução do Estado custará de R$ 110 bilhões a R$ 176 bilhões. A maior parte dessa conta não será coberta pelas seguradoras: o volume de indenizações pedidas às empresas é de R$ 6 bilhões, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o que indica que a lacuna de proteção do setor no País supera a casa dos 90%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.