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09/May/2025

Embrapa: BNDES apoiará independência financeira

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer ajudar a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a ter maior independência financeira. Hoje, o orçamento da estatal é composto basicamente por recursos do Tesouro e royalties de pesquisas e tecnologias desenvolvidas. "O BNDES precisa trabalhar com a Embrapa para ela ser mais independente financeiramente. Temos de repensar o diálogo entre Estado e mercado", disse Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, em cerimônia de comemoração de aniversário de 52 anos da empresa pública, na quarta-feira (07/05). Mercadante citou mecanismos de equity e afirmou ser necessário o retorno dos benefícios econômicos gerados pelas pesquisas da Embrapa para o financiamento de novos estudos. "A Embrapa precisa que o dinheiro volte para fazer mais pesquisa. Quanto dos R$ 107,24 bilhões gerados em lucro social pela Embrapa no ano passado voltou para a Embrapa contratar pesquisadores e investir em tecnologia e pesquisa?", questionou Mercadante a uma plateia composta por servidores da estatal.

"A Embrapa não pode viver de pires na mão. O BNDES está empenhado nisso porque a Embrapa é o coração da agricultura, da sustentabilidade e da resiliência climática. Viemos aqui para quebrar o pires", acrescentou o presidente do BNDES. Na ocasião, Embrapa e BNDES assinaram um protocolo de intenções para estabelecer mecanismos de cooperação institucional voltada à transição para agricultura sustentável e restauração dos biomas brasileiros. Dentre essa parceria, o BNDES vai atuar no mapeamento de ativos imobiliários da companhia para valorização do patrimônio imobiliário da empresa pública. O banco de fomento vai também contribuir com a Embrapa no levantamento de fontes alternativas de recursos financeiros para a Embrapa, para o financiamento de suas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A parceria estratégica também envolve melhoramento genético de sementes para resiliência climática e restauração florestal na região da Amazônia.

As iniciativas incluem estudos para reavaliar ativos agrícolas da empresa, criação conjunta de um fundo de investimentos para pesquisa, produção de sementes da silvicultura tropical para restauro da Amazônia, estudos sobre a resiliência da Caatinga e recuperação do bioma, além do melhoramento genético de milho, arroz, feijão, soja e trigo para enfrentar as mudanças climáticas, e de financiamento para a inovação e produção de bioinsumos para a agricultura familiar e, em larga escala, para a agricultura brasileira. A menor dependência da Embrapa do Tesouro para alavancar o orçamento da estatal para pesquisa também foi defendida pelo presidente do Conselho de Administração da Embrapa (Consad), Carlos Ernesto Augustin. "Pensamos em ações para que os investimentos de empresas em pesquisa agropecuária não passem pela União e vão direto para a Embrapa, bem como fomentar doações de entidades para ajudar a Embrapa", afirmou Augustin. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também defendeu ser fundamental pensar em parcerias para que a Embrapa seja remunerada pelos serviços que presta à sociedade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.