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08/May/2025

China-EUA iniciarão diálogo sobre tarifas comerciais

Após a elevação de tarifas feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a resposta da China, que também aumentou as taxas sobre produtos norte-americanos, representantes dos dois países vão se encontrar esta semana na Suíça para discutir uma solução conjunta para o impasse. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, terá reunião nesta quinta-feira (08/05), com o principal representante para assuntos econômicos da China. O encontro foi confirmado pelo governo chinês, que será representado pelo vice-primeiro-ministro do conselho de Estado da China, He Lifeng. Esse será o primeiro encontro de representantes do alto escalão das relações comerciais dos Estados Unidos e da China desde que Donald Trump anunciou a elevação de tarifas para produtos chineses importados.

Bessent afirmou que a China era a “peça que faltava” nas discussões comerciais do governo Trump. A discussão com a China será sobre a redução da escalada tarifária, pois as tarifas atuais são insustentáveis. As duas maiores economias do mundo têm interesses em comum e uma incerteza estratégica pode desestabilizar os mercados. Tensões comerciais podem diminuir e os Estados Unidos podem obter um acordo “mais justo”, afirmou Bessent. Após o encontro com Bessent, He Lifeng seguirá para a França para copresidir, com a parte francesa, o 10º Diálogo Econômico e Financeiro de Alto Nível China-França.

O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou que o vice-primeiro-ministro chinês e czar econômico de Xi Jinping, He Lifeng, visitará a Suíça de 9 a 12 de maio e terá reuniões com representantes dos Estados Unidos. Foi ressaltado que o encontro para negociações foi uma solicitação norte-americana. Ainda, o Ministério do Comércio chinês afirmou que concordou em negociar com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, porque os Estados Unidos enviaram sinais de que estão dispostos a ajustar suas tarifas. Os Estados Unidos devem reconhecer o grave impacto negativo das medidas tarifárias unilaterais e que, por mais que a China esteja pronta para o diálogo, certamente não sacrificará posições de princípios. O encontro pode potencialmente abrir caminho para negociações comerciais mais amplas.

Nesta quarta-feira (07/05), durante novo testemunho na Câmara dos Representantes o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Scott Bessent, destacou que as negociações comerciais com a China, que devem ocorrer na Suíça, começam neste sábado (10/05). As conversas serão iniciais. Não serão discussões avançadas. "É hora de a China deixar o status de país em desenvolvimento. A China não deve mais ter status de economia em desenvolvimento, eles são a segunda maior economia global", acrescentou Bessent. Também nesta quarta-feira (07/05), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não pretende retirar as tarifas impostas à China, sinalizando continuidade na postura dura frente ao governo chinês.

"Não estou aberto a retirar tarifas de 145% da China", declarou Trump. Questionado sobre possíveis exceções à sua política tarifária, respondeu: "Não estamos buscando tantas isenções tarifárias, vamos ver". Trump também lançou críticas indiretas ao governo chinês, ao comentar sobre rodada de negociações bilaterais, que deve iniciar neste sábado (10/05) na Suíça. "A China deveria reavaliar quem pediu uma reunião", afirmou. Ele mencionou ainda que um enviado especial dos Estados Unidos irá à Pequim para lidar com uma questão que classificou como "consequente e complexa".

Ainda, Trump afirmou que a China "quer muito" fechar um acordo sobre a política tarifária recíproca imposta por seu governo no mês passado. Ele minimizou quem tomou a iniciativa de retomar o diálogo: "Não importa quem chamou quem primeiro. O que importa mesmo são as negociações, agora". O republicano reconheceu que ainda não é possível prever se as conversas bilaterais terão um desfecho positivo, mas destacou a importância da reunião entre Estados Unidos e China marcado neste sábado (10/05), na Suíça, que, segundo ele, será "um grande encontro". "Queremos ter acordos comerciais justos", afirmou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.