08/May/2025
Segundo análise do Wells Fargo, os bancos centrais de países emergentes passaram a ter mais espaço para cortar as taxas referenciais de juros a partir do segundo trimestre. O espaço para juros menores aumentou principalmente entre as economias da Ásia, mas está maior inclusive no Brasil. Sob o pano de fundo de um ambiente de tarifas mais contencioso, as autoridades de bancos centrais de países emergentes indicaram cautela em relação ao afrouxamento da política monetária. No entanto, a força das moedas domésticas combinada com crescimento e expectativas de inflação mais fracas agora fornecem mais espaço para os bancos centrais cortarem os juros. Os bancos centrais de países emergentes asiáticos agora podem entregar um “afrouxamento agressivo" da política monetária até o final de 2025.
No segundo trimestre, há espaço para reduções de mais de 50 pontos-base nos juros de países como África do Sul, China, Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia, Peru e Tailândia. Em boa parte dos demais países emergentes o Wells Fargo calcula que há chances de um corte de 25 a 50 pontos-base. O Brasil enquadra-se nesta categoria, juntamente com Chile, Colômbia, Hungria, Índia, Israel, México, Polônia, Rússia e Turquia. A Argentina é o único país emergente em que não há espaço para juros menores no segundo trimestre. No caso brasileiro, o corte de juros seria amparado pelo nível elevado de juros reais e pela valorização do Real na comparação com o dólar nos últimos três meses. No entanto, a distância entre a inflação corrente bem acima da meta do Banco Central, assim como o ritmo de crescimento da economia, age como obstáculo a uma redução da Selic. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.