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06/May/2025

Brasil: missão em Angola visa reforçar cooperação

De 5 a 10 de maio uma comitiva brasileira liderada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, cumpre agendas governamentais e visitas técnicas a propriedades rurais de Angola. Em dezembro do ano passado, foi assinada a Carta de Intenções entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Florestas da República de Angola (Minagrif) para a Promoção do Comércio e dos Investimentos Agropecuários. O instrumento visa o fortalecimento das relações bilaterais no setor agropecuário e agroindustrial, estabelecendo um marco para a identificação, elaboração e estruturação de projetos estratégicos no setor agropecuário. Como parte do compromisso firmado entre os países, a comitiva do Mapa e de empresários do setor avaliará o ambiente de negócios para a produção agropecuária e as possibilidades de investimento brasileiro, bem como as oportunidades de cooperação técnica para o fortalecimento da segurança alimentar do planeta. Em Luanda, o ministro Carlos Fávaro se reúne com representantes governamentais e do setor privado. As visitas de campo serão realizadas nas províncias de Malanje e Cuanza-Norte.

As visitas técnicas passarão por propriedades dedicadas à produção de grãos e pecuária de corte, à Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) e ao Polo Agroindustrial de Capanda (PAC). A missão empresarial conta com cerca de 30 representantes de empresas agropecuárias de diferentes regiões do País. Fávaro destaca que Angola é um grande parceiro do Brasil. É determinação do presidente Lula o fluxo comercial entre os dois países aumente. De acordo com o ministro, o país tem potencial para a produção de fertilizantes e nitrogenados que pode beneficiar o Brasil por meio das parcerias comerciais, assim como estudos e tecnologias desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) podem ajudar no crescimento da agropecuária do país africano. Ainda neste mês de maio, o presidente de Angola, João Lourenço, retorna ao Brasil. O governo angolano também participa do encontro de Ministros da Agricultura da África que será realizado em Brasília de 20 a 22 de maio.

Nesta segunda missão do Ministério da Agricultura e Pecuária em Angola, o ministro Carlos Fávaro destacou como as oportunidades criadas na cooperação bilateral refletem as possibilidades de crescimento em ambos os países. Após uma breve reunião de alinhamento, no primeiro compromisso no país africano, a delegação brasileira participou de um encontro no Ministério da Agricultura e Florestas de Angola (Minagrif) com o secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Castro Paulino Camarada, a embaixadora do Brasil em Angola, Eugênia Barthelmess, e representantes das agências de fomento e financiamento. Angola vive um momento de grande transformação e aposta na diversificação de sua economia, tendo a agricultura e a agroindústria como pilares desse processo, explicou o secretário ao apresentar os programas de fomento à produção de diferentes gêneros alimentícios, visando acelerar a produção de diversas culturas. Os empresários puderam tirar dúvidas diretamente com os representantes do governo angolano sobre as possibilidades de investimento no país.

Angola é uma importante fronteira agrícola e a proposta dessa missão do agronegócio brasileiro é observar e comparar o que está acontecendo no país. A busca da melhoria das relações diplomáticas é um legado do presidente Lula. E a intenção é transformar essa boa diplomacia em grandes oportunidades comerciais. Com a intensificação da cooperação entre os países, Fávaro explica que além de contribuir com a segurança alimentar do planeta, as oportunidades de investimento ajudam no crescimento da verticalização da produção. Um dos pontos chaves entre os acordos assinados entre Brasil e Angola é a transferência tecnológica. No encontro, o ministro Carlos Fávaro anunciou que, nos próximos meses, Angola poderá contar com a presença efetiva da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Para que Angola dê esse passo importante, foram superadas as burocracias e os pesquisadores da Embrapa poderão estar no país, auxiliando e transferindo tecnologia. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.