06/May/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal tem trabalhado com organismos multilaterais para apresentar arranjos financeiros na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) que poderão garantir o pagamento de serviços ambientais para países pobres. A declaração foi dada durante a conferência anual do Milken Institute Global Conference, em Los Angeles (EUA), nesta segunda-feira (05/05). O Brasil está trabalhando com o Banco Mundial, com o BID, com o FMI, com várias entidades da sociedade civil organizada global, para apresentar na COP alguns arranjos financeiros avançados, de uma geração mais avançada, para garantir o pagamento de serviços ambientais para países pobres manterem as suas florestas tropicais em pé.
Haddad afirmou também que o governo começou a esboçar um modelo de mercado internacional de crédito de carbono, proposta que ‘pode alçar voo’ e garantir um desenvolvimento global sustentável. O ministro também lembrou que o Brasil conseguiu no ano passado, depois de muito tempo, construir um acordo unânime no G20. O trabalho feito pela presidência brasileira no G20 durante o ano passado vai ajudar nos processos da COP30 neste na. O Brasil aproveitou o fato de que presidia a COP no ano seguinte para começar tratativas com os mesmos players para que haja um êxito maior na COP30, que é decisiva para o futuro do desenvolvimento sustentável. O País terá condições de colocar para a comunidade internacional uma agenda mais ambiciosa na causa ambiental. Questionado também sobre a evolução do bloco dos Brics, Haddad mencionou as recentes adesões e a importância do grupo em "forçar o multilateralismo".
O mundo, até pouco tempo atrás, 20 anos atrás, estava habituado a pensar G7, G8, G7 com três convidados, com quatro convidados. Agora, há novos atores no cenário global, que tem um destaque muito grande, e é preciso mudar um pouco a ordem das coisas. Ele destacou que os países do Brics representam hoje dois terços da população mundial, o que faz do bloco um grupo que pode efetivamente fazer com que as propostas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) deslanchem. "Que novas encomendas sejam feitas de reformas institucionais, reformas de organismos multilaterais. Isso tudo vai ficando mais fácil num ambiente um pouco mais plural. Então, eu penso que os Brics dialogam com essa agenda de ampliar um pouco o debate para facilitar as reformas institucionais necessárias", afirmou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.